Rio - O calendário cada vez mais apertado do futebol brasileiro acabou com o espaço destinado à pré-temporada em flagrante prejuízo do nível técnico das competições. Este ano, os jogadores foram atirados nas arenas sem qualquer preparo e o resultado se reflete em espetáculos tecnicamente pobres. Não vi um jogo sequer disputado com intensidade e provocando emoções. Os torcedores no estádio bocejam e os que acompanham pela televisão dormem ou mudam de canal. O número de jogadores com cãibras ou dores musculares é anormal, os que permanecem deixam o campo extenuados. O toque de bola estéril, feito lateralmente que tira a intensidade do jogo, só serve para armazenar energias. Até a primeira bola entrar, a disputa se dá entre as intermediárias e não são raras as vezes em que os goleiros saem sem serem exigidos. Médicos, técnicos, preparadores físicos e o Sindicato dos Jogadores deveriam protestar contra esse absurdo.
