A seleção brasileira derrotou a Bolívia por 3 a 0 sem fazer muita força ou mesmo precisar jogar bem. Ganhou, faturou três pontos e Tite gostou do que viu. Só ele, mas tudo bem, gosto não se discute. Na verdade, nesta 46ª edição da agonizante Copa América, temos quatro equipes que podem, mesmo sem serem brilhantes, fazer frente ao Brasil: Colômbia, Uruguai, Argentina e Chile. As demais são como vilões em filmes do Bruce Willis: entram sabendo que morrem antes do fim. Amanhã, será a vez da Venezuela, que, na estreia, empatou sem gols com o Peru. A diferença técnica individual entre jogadores da Canarinho e da Vino Tinto é brutal e só o que poderia remotamente provocar um equilíbrio no jogo seria a dificuldade de Tite em encontrar alternativas para furar defesas retrancadas, apostando nas soluções individuais graças ao talento dos nossos jogadores, o que nem sempre dá certo, mas, esse, em tese, é mais um filezinho ao ponto.
SUFOCO
Depois do segundo gol da Colômbia, Lionel Messi olhou para o céu como que perguntando ao Senhor se mereceria passar por essa provação. Na verdade, no time da Argentina, o problema não é Messi, são os outros. A Argentina foi sufocada pela Colômbia com marcação forte em todos os setores do campo, sem encontrar soluções. Di María e Agüero nada fizeram e acabaram substituídos. Dois a zero foi barato. Só faltou o olé, talvez em respeito ao ídolo.
PEDALADAS
Nessa fase de grupos da Copa América, classificam-se os dois primeiros colocados de cada chave e mais os dois melhores terceiros. Apenas os muito ruins serão eliminados.
Argentinos criticaram bastante o gramado da Fonte Nova. Já os colombianos não viram nada de errado. Ao mau nadador até os pulmões atrapalham.
Saudades do Brasileirão, quem diria.
BOLA DENTRO
Cuadrado, da Colômbia, foi destaque na vitória sobre a Argentina por 2 a 0. Até agora, nos jogos em que acompanhei, não vi ninguém fazendo melhor. Esse cara é bom.
BOLA FORA
Torcedores reclamam dos preços dos ingressos na Copa América. O preço médio de R$ 500 é cobrado para cobrir prejuízos nos jogos com estádios vazios nesta fase de grupos.
