Jogando bem, ganhando e dando show com direito a canetas, chapeladas e lambretas - é disso que o povo gosta, é isso que o povo quer. Eu também adoro, só que nem sempre a seleção brasileira terá pela frente um adversário tão frágil como a equipe que a Bolívia mandou a São Paulo. O que vimos foi como um treino de dois toques. A Bolívia optou por preservar titulares para o jogo com a Argentina, na altitude de La Paz, onde suas chances aumentam. Na terça-feira, contra o Peru, em Lima, as dificuldades aumentam, mas o Brasil chegará com moral porque a goleada da estreia motivou os nossos e assustou os adversários. Se Tite conseguir convencer Neymar de que os outros nove com camisas iguais a dele são parceiros e que é permitido jogar com eles, as coisas ficarão melhores para todos, facilitando a busca por uma nova vitória, importante para reconquistar a confiança da galera, que antes comemorava com fogos cada gol e que, na sexta-feira, não soltou um mísero buscapé.