Por bernardo.argento

Rio - Ultimo remanescente dos garotos da base promovidos por Oswaldo de Oliveira, Gabriel, de apenas 22 anos, será neste domingo, às 16h, contra o Atlético-MG, no Independência, o jogador em campo que mais vezes vestiu a camisa do Botafogo. Uma identificação que o fez se tornar uma referência no clube, com respeito dos companheiros e admiração da torcida. Ambiente favorável para que ele se tornasse um dos maiores ladrões de bola do Campeonato Brasileiro.

O camisa 15 conhece o Alvinegro como poucos e, por isso, foi um dos que mais festejaram a virada espetacular sobre o Ceará pela Copa do Brasil. A frase ‘Aqui é Botafogo, vamos até o fim’ dita por ele logo após o apito que encerrou o jogo virou espécie de lema que será seguido pelo grupo na sequência da temporada.

“No calor do jogo, estava muito feliz pelo que aconteceu. Sei que a torcida do Botafogo merece ter momentos assim, de conseguir uma vitória sofrida, na raça. Não só na Copa do Brasil, mas também no Brasileirão, temos que levar essa frase”, afirma o volante.

Gabriel criou lema para caracterizar a reação do Botafogo contra o CearáAndré Mourão

Apesar da pouca idade, Gabriel já disputou 102 partidas pelo Botafogo e, dentro do elenco, só não defendeu o time mais vezes que os goleiros Jefferson e Renan. Foi sob o comando de Oswaldo de Oliveira, em 2012, que ele passou a jogar de volante e descobriu a vocação para as roubadas de bola.

Até agora, desarmou os adversários 47 vezes no Brasileirão, apenas três a menos que Willians, do Inter, líder no quesito. Uma característica que aperfeiçoa a cada treino, mas que também depende muito de sua intuição.

“A antecipação é mais do instinto. Você vê que o cara abaixou a cabeça e rouba a bola. Quando é para dar o bote, tem que esperar primeiro a decisão e ser mais rápido que ele”, explica Gabriel, que, além do instinto, mostra muita transpiração nos jogos. Entrega que o fez receber o apelido de ‘Pit bull’ dos alvinegros.

"Temos que jogar com alegria"

Como entrar em campo para derrotar o Galo?

A receita é correr, batalhar e ter personalidade. É disso que a gente precisa para ganhar as partidas dentro ou fora de casa. Temos que atuar com alegria também porque as coisas estão começando a dar certo e tenho certeza de que faremos um grande jogo e buscaremos a vitória desde o início.

Dória era seu melhor amigo dentro do grupo. Tem sentido muita falta dele?

Foi uma pessoa que convivi por muito tempo no Botafogo. Grande amigo. Até meu armário no vestiário era do lado do dele, agora não tem ninguém. Fica vazio. Estou muito feliz pela oportunidade que ele teve (foi para o francês Olympique de Marselha), mas sinto um pouco de falta, pois ele estava muito presente no meu dia a dia.

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