Por pedro.logato

Rio - Com a corda no pescoço, o Botafogo tenta se agarrar à grandeza de suas tradições para evitar o segundo rebaixamento de sua história. Os jogadores não são os mesmos de períodos gloriosos, mas mantêm a fé na permanência na Série A e prometem entrega até o fim.

Mesmo com as rendas dos jogos no Maracanã penhoradas para o pagamento de uma dívida com Joel Santana, a diretoria já planeja atuar no estádio a fim de mobilizar a torcida para escapar de vez da Segunda Divisão.

Junior Cesar pediu perdão os alvinegrosDivulgação

“Estou há dois dias sem dormir. Hoje tive um momento de choro em casa, por tudo que o clube está vivendo. Me identifiquei muito com o clube. Nosso torcedor não merece isso, mesmo com os problemas extracampo. Não queremos manchar a história do Botafogo com um rebaixamento”, afirmou Junior Cesar, que aproveitou para se desculpar pela expulsão na última partida.

“Não é da minha conduta, não foi intencional. Estou aqui para assumir. Quero pedir desculpas ao torcedor. Sei que ele está vivendo essa situação intensamente com a gente”, reconheceu.

LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Botafogo

Por enquanto, a relação entre a torcida e o time está estremecida. Apenas Jefferson escapou das vaias na derrota para o Atlético-PR. A preocupação com uma nova invasão fez com que a segurança fosse reforçada ontem à tarde no Engenhão. Até um carro da Polícia Militar permaneceu no local até o fim da atividade.

Os titulares fizeram apenas um trabalho regenerativo na academia enquanto os goleiros e jogadores que se recuperam de lesão foram a campo. André Bahia foi um deles e deve voltar no clássico com o Fluminense.

Situação de Jobson será analisada pelo STJD

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar na quinta-feira a situação de Jobson, que vem atuando mesmo após receber uma suspensão da Federação da Arábia Saudita por ter se recusado a fazer um exame antidoping quando defendia o Al Ittihad, no primeiro semestre.

A diretoria alvinegra não permitiu sua escalação até que um parecer do tribunal chegasse ao clube. A entidade liberou a participação de Jobson nas partidas por acreditar que a Fifa não reconhece a punição.

A Federação Saudita suspendeu o jogador por oito anos sem qualquer tipo de julgamento. Ele alega que o clube criou a situação para prejudicá-lo depois de ter recusado uma redução salarial.

Você pode gostar