Rio - Com a corda no pescoço, o Botafogo tenta se agarrar à grandeza de suas tradições para evitar o segundo rebaixamento de sua história. Os jogadores não são os mesmos de períodos gloriosos, mas mantêm a fé na permanência na Série A e prometem entrega até o fim.
Mesmo com as rendas dos jogos no Maracanã penhoradas para o pagamento de uma dívida com Joel Santana, a diretoria já planeja atuar no estádio a fim de mobilizar a torcida para escapar de vez da Segunda Divisão.
“Estou há dois dias sem dormir. Hoje tive um momento de choro em casa, por tudo que o clube está vivendo. Me identifiquei muito com o clube. Nosso torcedor não merece isso, mesmo com os problemas extracampo. Não queremos manchar a história do Botafogo com um rebaixamento”, afirmou Junior Cesar, que aproveitou para se desculpar pela expulsão na última partida.
“Não é da minha conduta, não foi intencional. Estou aqui para assumir. Quero pedir desculpas ao torcedor. Sei que ele está vivendo essa situação intensamente com a gente”, reconheceu.
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Por enquanto, a relação entre a torcida e o time está estremecida. Apenas Jefferson escapou das vaias na derrota para o Atlético-PR. A preocupação com uma nova invasão fez com que a segurança fosse reforçada ontem à tarde no Engenhão. Até um carro da Polícia Militar permaneceu no local até o fim da atividade.
Os titulares fizeram apenas um trabalho regenerativo na academia enquanto os goleiros e jogadores que se recuperam de lesão foram a campo. André Bahia foi um deles e deve voltar no clássico com o Fluminense.
Situação de Jobson será analisada pelo STJD
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai analisar na quinta-feira a situação de Jobson, que vem atuando mesmo após receber uma suspensão da Federação da Arábia Saudita por ter se recusado a fazer um exame antidoping quando defendia o Al Ittihad, no primeiro semestre.
A diretoria alvinegra não permitiu sua escalação até que um parecer do tribunal chegasse ao clube. A entidade liberou a participação de Jobson nas partidas por acreditar que a Fifa não reconhece a punição.
A Federação Saudita suspendeu o jogador por oito anos sem qualquer tipo de julgamento. Ele alega que o clube criou a situação para prejudicá-lo depois de ter recusado uma redução salarial.