Por pedro.logato

Rio - René Simões é movido a desafios. Foi assim ao ir para o mundo árabe na década de 80, levar a Jamaica a uma Copa do Mundo, assumir a seleção brasileira feminina, reerguer o Coritiba, salvar o Fluminense da segunda divisão, mas, talvez, em nenhum momento o treinador tenha ficado tão em sintonia com um clube quanto na sua chegada ao Botafogo.

Um clube arrasado estruturalmente, com graves problemas financeiros, de autoestima e na Série B. Já o treinador vinha de trabalhos seguidos que não deram certo, em baixa e precisando provar que ainda tinha qualidade para um clube grande do Brasil.

René Simões está invicto no comando do BotafogoAlexandre Brum

A ideia de chamar René foi de Carlos Alberto Torres, que começou o ano auxiliando a nova diretoria. A missão do treinador era resgatar o clube e montar um elenco praticamente do zero. Dos 11 titulares do clássico contra o Flamengo, apenas três (Jefferson, Marcelo Mattos e Jobson) estavam no clube em 2014. Cerca de cinquenta dias depois são seis vitórias e um empate e a liderança no Carioca.

LEIA MAIS: Notícias, contratações e bastidores: confira o dia a dia do Botafogo

Mais do que o resultado, René conseguiu que o time, embora limitado, seja extremamente lutador, característica importante para a Série B, principal objetivo alvinegro de 2015.Além disso, as declarações do treinador sempre tentam fazer um carinho na machucada torcida alvinegra.

LEIA MAIS: Notícias, resultados e bastidores do Campeonato Carioca

O treinador soube ser diplomático quando preciso e enérgico quando necessário. Até o momento, domou o problemático Jobson, que fora seu desafeto no Bahia, após inúmeros casos de disciplina. O atacante após longo período voltou aos gols e aparentemente tem ficado longe dos problemas extra-campo. .

Porém, em uma coisa o Glorioso e René Simões discordam com veemência: na superstição. Enquanto os torcedores têm certeza de que “há coisas que só acontecem ao Botafogo”, o treinador discorda.

“Não sou supersticioso. Troco a roupa toda de um jogo para o outro. Às vezes preto, branco...”

Você pode gostar