Por fabio.klotz

Rio - A suspensão de Jobson tomou conta do noticiário do Botafogo às vésperas do primeiro jogo da final do Campeonato Carioca, neste domingo, contra o Vasco. O atacante foi punido com quatro anos de gancho por ter se recusado a fazer um exame antidoping na época em que defendia o Al-Ittihad. Jobson foi liberado do treino desta sexta-feira. O técnico René Simões conversou com o atleta, que explicou o que aconteceu no mundo árabe.

René Simões dá apoio a JobsonUanderson Fernandes

"Tive a preocupação de mandá-lo para casa e perguntei para ele o que aconteceu por lá. De repente, quiseram fazer um teste de doping nele, mas não existe droga lá. Ele estava com um intérprete e ficou com medo de fazer. Ele não quis fazer porque estava com medo de armarem contra ele. Vamos ver o que vai acontecer daqui para a frente, pois tiraram um coelho da minha cartola. Ele estava treinando muito bem no time titular e no time reserva nas situações de jogo que estávamos estudando", disse René.

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A suspensão de Jobson liga o sinal de alerta no Botafogo. O clube está preocupado com a reação do atleta. Um profissional, o coaching Paulo Serrano, já foi deslocado para ajudar o atacante, que já cumpriu gancho após punição por uso de crack.

"Tem dois lados, o profissional e o humano. Tínhamos de ver o lado humano, pois ele estava tendo um conduta profissional e recebe uma bomba como essa. E o Jobson é responsável porque ele fez, porque ele tinha de fazer e não fez o doping. Temos de ter cuidado, pois ele não pode retornar ao que estava fazendo. O jogador aqui tem total liberdade dentro do trilho que o Botafogo impõe. Acredito que o Paulo terá um cuidado especial com ele e o apoio do grupo será positivo para isso. É uma lição para o grupo. Eu lembro de ter ouvido Paulo Coelho e aprendi com ele, que disse o seguinte: "O maior erro no combate às drogas é dizer que a droga é uma droga, porque eu curti coisas fantásticas com elas, mas deixar de ser dono de si mesmo, e quando você entra neste mundo você não é dono de si mesmo, mas tem viagens legais". Temos de dizer aos jovens que isso é só um momento e depois você terá uma vida horrível. E isso nós temos de tirar de exemplo para os jovens, pois todos aqueles que não experimentaram têm de ficar fora porque não leva à nada", declarou.

* Colaborou Ulisses Valentim

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