Barroca tenta administrar a crise com vitórias. Fora dele, cestas básicas aliviam o drama dos funcionários - VITOR SILVA/BOTAFOGO
Barroca tenta administrar a crise com vitórias. Fora dele, cestas básicas aliviam o drama dos funcionáriosVITOR SILVA/BOTAFOGO
Por Lance
Rio - O Botafogo enfrenta a Chapecoense, na próxima segunda-feira, com o desafio de se manter na parte de cima da tabela do Brasileirão e recuperar a regularidade. Depois da pausa para a Copa América o Alvinegro conseguiu apenas duas vitórias, em oito jogos, pelo torneio nacional. O técnico Eduardo Barroca, no entanto, já tem uma dor de cabeça para a partida: o meia Cícero, cumprirá suspensão por ter recebido o terceiro cartão amarelo contra o Corinthians, no último sábado. Para a vaga, o treinador tem a opção de escalar Gustavo Bochecha, mais recuado ou dar nova chance à Rhuan e Lucas Campos, que entraram bem contra o Timão.

A entrada de Gustavo Bochecha reforça a marcação e o controle da bola no meio-campo, mas faz a equipe perder agilidade na transição e em criatividade. Correndo por fora, aparece o jovem Rhuan. Na partida na Arena Corinthians, o jogador de 19 anos substituiu Bochecha, no segundo tempo e deu mais velocidade à equipe. Junto com Lucas Campos, outro talento da base, que substituiu Rodrigo Pimpão, o time ganhou em velocidade e conseguiu finalizar mais.

Rhuan foi alçado ao time profissional quase por necessidade, devido à escassez de jogadores para o setor ofensivo. A saída de Erik, para o Japão e o problema de saúde de Biro-Biro abriram espaço para o camisa 10 e destaque da equipe sub-20, com 15 gols anotados.

Já Lucas Campos, substituiu o veterano Rodrigo Pimpão no intervalo no duelo com o Timão. Foi a terceira participação dele no Brasileiro, após a Copa América. Contra o Athletico-PR, na 14ª rodada, o atacante foi protagonista no lance do pênalti que garantiu o triunfo alvinegro. O jogador de 21 anos tem a confiança de Barroca, por quem já foi comandado na base do Botafogo.

Os atacantes da equipe sofrem com a escassez de gols e finalizações. Em 15 rodadas, foram apenas 14 gols anotados no torneio nacional, número melhor apenas que do os do Cruzeiro, Avaí e CSA.

Os dois garotos surgem como candidatos à vaga, mas o pensamento no grupo e na comissão técnica é blindá-los de cobranças. Em coletiva nesta terça-feira, o zagueiro Gabriel elogiou a dupla, mas pediu paciência com a oscilação comum à jogadores de pouca idade.

"Isso é muito bom. Ter dois jovens talentosos, ambos da base. Muito bom ter essas opções. Eles entraram na Arena Corinthians e mostraram muita personalidade. Temos que dar confiança para eles. Isso é bom para o Botafogo e para o professor Barroca. Temos que ter paciência com os meninos, não podemos queimá-los quando fizerem um jogo mais ou menos. Eles têm total confiança da comissão técnica e nossa também", disse Gabriel.

Barroca também elogiou em os dois na coletiva pós-partida, no sábado e deixou em aberto a possibilidade de utilizá-los nas partidas subsequentes.

"Os meninos entraram muito bem, o jogo pedia isso: um pouco mais de individualidade. Tanto o Lucas quanto o Rhuan têm individualidade, velocidade, drible, improviso e conseguiram colocar isso em prática. Fica essa possibilidade para os próximos jogos", disse o treinador.

O zagueiro Joel Carli e o volante Alex Santana que foram desfalques diante do Corinthians por problemas físicos ainda não estão garantidos contra a Chapecoense. Os dois estão em fase final de recuperação e ainda serão avaliados pelo Departamento Médico.

O Botafogo recebe a Chape, na próxima segunda-feira, às 20h, no Nilton Santos. A partida vale pela 16ª rodada do Brasileirão. O Alvinegro é nono colocado no torneio, com 22 pontos, enquanto o clube catarinense ocupa a 17ª colocação, com 13.