Carli - VITOR SILVA/BOTAFOGO
CarliVITOR SILVA/BOTAFOGO
Por Lance
Rio - A vitória por 3 a 1 sobre o Goiás, na última quarta-feira, trouxe alívio para o Botafogo no Campeonato Brasileiro, com o fim de uma sequência negativa que já durava cinco rodadas. E para manter o embalo, contra o Palmeiras, no sábado, às 21h (de Brasília), pela 25ª rodada, no Pacaembu, o time terá o reforço de Joel Carli, que volta a formar a zaga titular ao lado de Gabriel, após cumprir suspensão.

Carli e Gabriel firmaram uma boa parceria na defesa alvinegra. Com os dois atuando juntos em 2019, o Botafogo fez 19 jogos e conseguiu dez vitórias, dois empates e sete derrotas. O retorno do argentino, que cumpriu suspensão automática pelo terceiro cartão amarelo, vai compensar os sete desfalques do Alvinegro para o duelo.Gilson também volta à equipe na lateral-esquerda. O Glorioso não poderá contar com Benevenuto, Cícero, Pimpão e Diego Souza, suspensos pelo acúmulo de amarelos. Gatito e Marcinho seguem em compromissos com as seleções nacionais e Alex Santana ainda se recupera de entorse no tornozelo esquerdo.

O zagueiro Marcelo Benevenuto, um dos suspensos, deixa o time depois de alguma atuações irregulares. O jogador marcou o segundo gol contra na temporada a favor do Goiás. Antes, havia feito o mesmo contra o Fortaleza. Carli além de capitão, é um dos líderes do elenco e pode passar a confiança necessária, após um período de muita pressão por resultados, com direito a protestos de torcedores, invasão de treino e demissão do ex-treinador Eduardo Barroca.

O Botafogo será comandado novamente pelo interino Bruno Lazaroni, antes do novo técnico Alberto Valentim, assumir o posto, na segunda-feira. Uma consistência defensiva é considerada fundamental para segurar o ímpeto ofensivo do Palmeiras. O Verdão tem o segundo melhor ataque do Brasileirão, ao lado do Grêmio, com 39 gols, atrás apenas do Flamengo, com 50.

Na partida contra o Goiás, o Botafogo voltou a ser eficiente nas finalizações e voltou a balançar as redes, depois de três rodadas passando em branco no quesito. Chegando com mais qualidade à frente, contra o Esmeraldino, o time comandado por Bruno Lazaroni finalizou oito vezes na direção certa, sua segunda maior marca no Brasileiro - o recorde é de 9, alcançado contra o CSA. Não à toa voltou a marcar três gols num jogo, algo que não ocorria desde a goleada de 4 a 0 sobre o Sol de América, do Paraguai, pela Copa Sul-Americana, quando a equipe ainda contava com Erik no ataque.

Outra boa notícia para o torcedor botafoguense foi a boa atuação de João Paulo. O desempenho em campo lembrou a grande fase vivida pelo meia na temporada de 2017, antes de sofrer grave lesão na perna esquerda. O camisa 5 foi uma arma para o Glorioso na bola parada. Além de marcar o segundo gol. foi dele a cobrança de escanteio que resultou no gol de Gabriel. Contra o Palmeiras, o meia é a esperança ofensiva para uma equipe que busca recuperar de vez a confiança e o caminho das vitórias.

Derrota engasgada

Um bom resultado contra o Palmeiras, em São Paulo, serviria para amenizar os efeitos da derrota que ficou na memória do torcedor alvinegro na sexta rodada do primeiro turno. No jogo realizado no dia 25 de maio, no Mané Garrincha, em Brasília, o árbitro Paulo Roberto Alves Junior aplicou cartão amarelo ao atleta Deyverson, do Palmeiras, por simulação e determinou o reinício da partida. O lance que causou polêmica ocorreu aos 12 minutos do segundo tempo. Ao ser alertado pelo VAR, o árbitro retirou o cartão, mostrou amarelo para Gabriel e marcou o pênalti, convertido por Gustavo Gómez, no único gol da partida.

A indignação do Botafogo com o resultado foi levada ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O Alvinegro pediu a anulação da partida mas,em meados de junho, o STJD decidiu manter a vitória do Palmeiras, por unanimidade. O Botafogo alegou que, após o amarelo para Deyverson, a partida chegou a ser reiniciada. Gatito repôs a bola em jogo, antes que Paulo Roberto paralisasse o confronto para receber o aviso do VAR. O Palmeiras argumentou que o árbitro não chegou a apitar autorizando o reinício da partida. A votação do STJD deu razão ao clube paulista e terminou com o placar de 9 a 0 contra a anulação do jogo. Segundo Paulo César Salomão Filho, presidente do Tribunal, houve apenas erro de procedimento do VAR.