Carli  - (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Carli (Foto: Vitor Silva/SSPress/Botafogo)
Por Lance
Rio - O zagueiro Joel Carli viveu uma tarde para ser esquecida, no último domingo, quando o Botafogo foi derrotado pelo Grêmio, por 3 a 0, em Porto Alegre. O argentino retornava ao time depois de dois jogos fora por lesão e sentiu a falta de ritmo. Além de sofrer durante os 90 minutos com a movimentação do ataque gaúcho, cometeu dois erros que resultaram em gols dos adversários. As idas e vindas tem sido uma constante para o jogador de 33 anos, em razão de lesões ou acúmulo de cartões. Dos 50 jogos do Alvinegro na temporada, Carli atuou em apenas 24, por 2151 minutos.

O número de participações fica abaixo das expectativas para uma figura de referência dentro do elenco. O camisa 3 é capitão e exerce liderança dentro e fora de campo. Nos momentos de crise por atrasos no pagamento de salários ao longo do ano, foi sempre uma das vozes dos companheiros. As estatísticas confirmam o melhor desempenho do Glorioso com ele em campo: foram 12 vitorias, dois empates e dez derrotas. Sem o argentino, o time somou sete triunfos, empatou seis vezes e perdeu 12.

A derrota para o Grêmio foi a primeira partida do zagueiro com Alberto Valentim desde o retorno do treinador. A má impressão, no entanto, é amenizada pelo período em que os dois trabalharam juntos em 2018. Carli sempre foi um homem de confiança do técnico e marcou o gol de empate com o Vasco, que levou a decisão do título Carioca do ano passado para os pênaltis.

No duelo decisivo com o Cruzeiro, na próxima quinta, um adversário direto na briga para escapar do rebaixamento, Carli vai ter a oportunidade de engatar mais uma sequência e ajudar o Alvinegro a ter mais consistência defensiva na reta final do Brasileirão.
As lesões musculares são a causa mais comum das ausências de Carli, em 2019. Logo no início da temporada, desfalcou o Botafogo nos quatro primeiros jogos do Campeonato Carioca, contra Cabofriense, Bangu, Flamengo e Resende, por fadiga física. Estreou na vitória por 3 a 0 sobre o Boavista, dia 3 de fevereiro.

Na sequência, encarou o Defensa y Justicia (ARG), pela Copa Sul-Americana e Campinense, na Copa do Brasil. Na partida na Paraíba, dia 13 de fevereiro, sofreu grave lesão no joelho direito e precisou passar por uma astroscopia que o deixou afastado dos gramados por quase dois meses. Sem o capitão, os alvinegros não chegaram às finais do Campeonato Carioca e foram eliminados na terceira fase da Copa do Brasil.


O retorno se deu na estreia do time no Brasileirão, com derrota por 2 a 0 para o São Paulo, após dez jogos fora. Depois disso, participou do duelo de ida das oitavas da Sul-Americana, contra o Atlético-MG, em que foi expulso e mais cinco pelo Brasileirão. Ficou fora da 6ª rodada, na derrota por 1 a 0, para o Palmeiras, fora de casa, suspenso pelo terceiro amarelo.
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Carli voltou a sofrer com a fadiga muscular na coxa direita e ficou fora dos jogos contra o Avaí, pela 13ª rodada, na Ressacada, e contra o Corinthians, na 15ª, em Itaquera. O antigo problema voltou a se manifestar na partida contra o Galo, pela 18ª rodada, e o capitão alvinegro foi desfalque da 19ª até a 22ª rodada, perdendo os jogos contra Ceará, São Paulo, Bahia e Fortaleza, as três últimas, já no returno.

No retorno, no clássico com Fluminense, Carli toma terceiro cartão amarelo e se vê obrigado a cumprir suspensão na partida seguinte, contra o Goiás. Antes de encarar o Grêmio, enfrentou o Palmeiras, em São Paulo, e ficou fora dos dois jogos seguintes, contra Vasco e CSA, novamente pelas dores musculares na coxa direita.

As lesões são o calcanhar de Aquiles de Joel Carli na temporada. O argentino é o jogador que mais desfalcou a equipe durante o ano e vê, aos poucos, Marcelo Beneveuto aparecer como candidato à vaga na equipe titular - apesar do jovem estar machucado e retornar aos gramados apenas em três semanas.