O Botafogo venceu apenas uma partida em casa no Campeonato Brasileiro
 - Vitor Silva / Botafogo
O Botafogo venceu apenas uma partida em casa no Campeonato Brasileiro Vitor Silva / Botafogo
Por Danillo Pedrosa
Rio - O Ministério Público do Trabalho (MPT) protocolou uma ação na Justiça solicitando o bloqueio de verbas do Botafogo para garantir o pagamento de salários de funcionários e jogadores até o fim do período de calamidade pública, que termina em dezembro, e de direitos como férias e 13º salário atrasados. O processo, que corre na 75ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, também prevê uma indenização aos empregados pelos meses sem receber.
Na semana passada, o MPT garantiu junto ao Sindeclubes (Sindicato dos Empregados em Clubes do Estado do Rio de Janeiro) é ao Botafogo o bloqueio de verbas nas mãos de terceiros para pagamentos de salários atrasados do elenco profissional (dois meses) e de funcionários (maio, junho, julho e agosto).
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Cerca de R$ 12 milhões já estão depositados em conta judicial, pouco mais que o suficiente para quitar os vencimentos atrasados - entre R$ 10 milhões e 11 milhões, de acordo com uma lista enviada pelo clube na segunda-feira. A Justiça expediu nesta quarta-feira o alvará que permite ao sindicato retirar o valor para realizar os pagamentos, e a previsão é de que eles comecem a ser realizados na próxima sexta. Há uma limitação de 60 salários mínimos (quase R$ 70 mil) por empregado, para garantir que todos recebam.
Para garantir que as dívidas com os empregados sejam quitadas, o Alvinegro precisa enviar uma nova lista, desta vez com os funcionários e respectivos valores que têm a receber de férias, 13º e folhas de pagamento até dezembro. A estimativa da procuradoria é de que pelo menos mais R$ 12 milhões sejam necessários para garantir o pagamento dos salários até dezembro, levando em conta apenas os salários.
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Em contato com O Dia, a procuradora do trabalho responsável pelo caso, Viviann Brito Mattos, explicou o motivo do pedido de urgência para o pagamento dos vencimentos atrasados.
"É claro que o Botafogo tem outras dívidas, mas se esse pessoal para de trabalhar, o clube para e não consegue ter renda para pagar quem está dentro e nenhuma outra dívida. Tem que garantir os ativos", explicou Vivian.