Por rodrigo.hang

São Paulo - Foram 18 rodadas e apenas 16 pontos dos 54 possíveis. Esse é o desempenho doPalmeiras neste Campeonato Brasileiro, mas também poderia referir-se ao retrospecto de 2012, quando o clube amargou o segundo rebaixamento de sua história centenária. A derrota para o Internacional no último fim de semana fez o time igualar os números do pesadelo vivido há dois anos e evidenciar as semelhanças dos anos em que acabou na Série B. Por esse motivo, foram listados sete pontos que fazem os torcedores a reviver noites mal dormidas.

Lúcio tem sido titular do Palmeiras na campanha do BrasileirãoDivulgação

Troca constantes de técnicos

Na última segunda-feira, o Palmeiras demitiu o argentino Ricardo Gareca e voltou às práticas dos anos em que acabou rebaixado. Em 2002, Vanderlei Luxemburgo deixou a equipe para acertar com o Cruzeiro e deu lugar a Murtosa e, posteriormente, Levir Culpi. Em 2012, Luiz Felipe Scolari abandonou o barco após a conquista da Copa do Brasil e deixou o time mal no Brasileirão para Gilson Kleina cuidar.

Grupo rachado

Em 2002, jogadores não se entendiam e eram comuns as discussões durante os treinamentos. Dez anos depois, houve um desentendimento entre Valdivia e Marcos Assunção nos vestiários e uma separação clara no grupo. Hoje, gringos tem sido deixados de lado, e Wesley é apontado por provocar o "racha".

Após campanha fraca, Ricardo Gareca foi demitido do comando do Verdão com três meses no cargoDivulgação

Elenco limitado

Nos dois anos em que foi parar na Série B, o Palmeiras tinha elencos bastante questionáveis. Em 2002, o zagueiro Alexandre ficou marcado por ter falhado no jogo contra o Flamengo. Já em 2012, a equipe tinha estrelas isoladas, como Henrique, Valdivia e Barcos, mas também contava com muitos atletas da base e outros criticados pela torcida como Juninho, Maikon Leite e Maurício Ramos.

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Lesões na reta final

Um dos problemas de 2002, as lesões voltaram a se repetir dez anos depois. Devido ao desgaste físico dos atletas na conquista da Copa do Brasil-12, muitos tiveram de desfalcar a equipe no Brasileirão, foram os casos de Valdivia e Marcos Assunção. Em 2014, o departamento médico lotado também prejudicou a equipe na competição. No último fim de semana, contra o Internacional, o Palmeiras não podia contar com 12 jogadores: Fernando Prass, Wendel, Victorino, Gabriel Dias, Tobio, Thiago Martins, Victor Luis, Josimar, Bruninho, Wesley, Valdivia e Henrique.

Goleiro contestado

Apesar da isenção de Marcos na campanha de 2002, Bruno foi do céu ao inferno em 2012. Ele iniciou a temporada no banco de reservas (Deola era o titular), foi eleito melhor goleiro da Copa do Brasil e no Brasileirão foi muito contestado por falhar em alguns jogos. O desprestígio foi tanto que a diretoria resolveu contratar Fernando Prass no fim daquela temporada. O dilema na meta palmeirense persiste e, com a lesão de Prass, Fábio tem sido perseguido por parte da torcida por ser inseguro.

Paulo Nobre é o atual presidente do PalmeirasDivulgação

Presidentes perseguidos

Mustafá Contursi, em 2002, Arnaldo Tirone, em 2012, e Paulo Nobre, em 2014. Os presidentes têm em comum, além do fato de administrar o clube em crise, é o desafeto com a torcida. Alvo de críticas da principal organizada do clube, Nobre cortou as regalias da torcida no ano passado depois de uma agressão aos jogadores na Argentina.

Saudades de casa

Apesar de ter o Parque Antártica na campanha que culminou no primeiro rebaixamento do clube, em 2012, o Palmeiras já estava com o Palestra Itália fechado e foi ainda mais prejudicado por ter de jogar fora de São Paulo. O time teve de jogar em Presidente Prudente, Londrina e Araraquara em decorrência às confusões da torcida. A inauguração do Allianz Parque já foi adiada diversas vezes.

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