Por rodrigo.hang

São Paulo - Depois de acertar a cobrança de falta e abrir o placar para o São Paulo no sábado, na vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, o goleiro Rogério Ceni ouviu a torcida no Morumbi pedir para ele adiar a aposentadoria. Aos 41 anos, o capitão já afirmou que a atual temporada é a última, mas dá a sensação de que poderia, sim, continuar. Pelas defesas, mas também pelo rendimento ofensivo.

Rogério Ceni é um dos maiores ídolos da história do São PauloDivulgação

O gol diante do Bahia foi o décimo de Rogério neste ano. Em toda a temporada, apenas Luis Fabiano e Alexandre Pato marcaram mais vezes -- 16 e 12, respectivamente. Ao longo da carreira, o goleiro agora tem 123. Número que o coloca em 11º na lista dos maiores artilheiros da história do clube. Apenas cinco atrás de Raí.

"Em bola parada, a gente pode ajudar. Foi um gol bonito. Neste ano, ainda não tinha saído (de falta), mas não deixo de trabalhar. A falta também foi em uma posição boa. A barreira estava um pouco próxima, mas a posição era boa", afirmou após o jogo contra o Bahia.

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O ídolo são-paulino ainda tem mais nove rodadas do Brasileirão e a sequência da Copa Sul-Americana pela frente para chegar aos cinco gols que o igualariam a Raí. Poderia ser, na verdade, mais um ano. E não por qualquer favor. De acordo com o técnico Muricy Ramalho, não é só pelos gols marcados que Rogério segue em posição de destaque no futebol nacional.

"Tecnicamente, ele continua sendo um dos melhores do Brasil, porque encurta o caminho da bola, faz defesas incríveis", disse o treinador. Mas isso não significa que Muricy imagina ver Rogério chegar ao final do ano decidindo adiar, mais uma vez, a decisão de se aposentar.

"Ele sente algumas dores. Ele é muito intenso no que faz, muito profissional, só que isso dói, machuca. No ano passado, fui eu quem comecei a conversa, todo o mundo comprou a ideia, e ele mudou de ideia, mas acho que ele se sentia melhor. Agora, parece que ele está preparado para não continuar", disse o técnico do São Paulo.

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