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Por Vitor Machado

Brasília - Fluminense e Flamengo têm conseguido, com receitas diferentes, mostrar que podem dar caldo no Campeonato Brasileiro. Nesta quinta, às 20h, no caldeirão do Mané Garrincha, os dois modos de preparo de um time se encontram, diante de 60 mil torcedores. O Tricolor, com ingredientes menos custosos, mas sob o comando do consagrado Abel Braga, tenta saltar do amargo nono lugar para o bloco de cima. Do outro lado, à frente do Rubro-Negro, o chefe Mauricio Barbieri, ainda iniciante, usa e abusa do seu elenco gourmet a fim de criar gordura na liderança.

Abel começa a azeitar sua equipe, depois de participações insossas no Carioca e na Copa do Brasil. À exceção da derrota para o Paraná na última rodada, o Fluminense, mesmo quando perdeu para o Botafogo, parece cada vez mais se aproximar do ponto. Já o Flamengo passa a impressão de estar quase pronto. A torcida, no entanto, espera, este ano, trocar o cheirinho pelo sabor do sucesso.

"No começo, todos falavam que a gente seria um dos piores times. Mas nosso trabalho mudou isso", afirmou Richard, volante do Flu.

A folha salarial do Rubro-Negro engole a do Tricolor sem precisar mastigar: R$ 9 milhões, contra R$ 3 milhões do rival, em números aproximados. Prova da disparidade entre os dois clubes está no cardápio que cada um tem à disposição. Sem Pedro e Marcos Junior, Abel se viu obrigado a reforçar a cozinha com Douglas e escalar João Carlos isolado na frente.

A falta de opções se justifica, em parte, pela superioridade financeira do rival. Para esta temporada, o Flamengo, impossibilitado de usar Guerrero, gastou cerca de R$ 12 milhões em Henrique Dourado, artilheiro do último Brasileiro pelo Fluminense. Os nove jogos sem marcar azedaram a relação do atacante com a torcida. Se quebrar o jejum hoje à noite, porém, o Ceifador coloca novo tempero.

"Também me sinto culpado. Ele não tem tido várias chances. Passa por toda a equipe. O importante é que estamos vencendo, e ele tem ajudado", disse Renê, lateral-esquerdo do Fla, que espera servir melhor o goleador.

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