Publicado 09/06/2019 20:55
Rio - O primeiro Fla-Flu de gestão compartilhada no Maracanã terminou empatado em 0 a 0. No quesito atitude e organização, o Tricolor foi melhor e merecia um resultado mais justo. O novo técnico do Flamengo, Jorge Jesus, estava no meio da 'nação', mas a sua presença não foi capaz de salvar o domingo rubro-negro. Diego Alves, sim, ao fechar o gol. Antes da pausa no Brasileiro para a disputa da Copa América, o Tricolor enfrenta a Chapecoense, quinta-feira, na Arena Condá. Na quarta, o Flamengo enfrenta o CSA, no Mané Garrincha.
Na cabine da comissão técnica do Flamengo, Jorge Jesus não deve ter ficado satisfeito com o desempenho da nova equipe no início do clássico. O desfalque de última hora de Gilberto, com dores no joelho esquerdo, aumentou para dez o número de baixas de Fernando Diniz.
Bem treinado, organizado e quase sempre com a bola nos pés, o Tricolor não apenas sofreu poucos riscos como teve iniciativa de atacar, principalmente nos primeiros 15 minutos. Igor Julião e Caio Henrique foram boas opções, mas a defesa rubro-negra resistiu com segurança às investidas.
Muito espaçado e lento na saída de bola, o Flamengo ainda tropeçava nos repetitivos erros de Diego, Bruno Henrique e Gabigol. Mesmo numa tarde tecnicamente pouco inspirada, a individualidade fez a diferença em pelo menos duas jogadas. Na melhor, Diego acertou a trave depois da boa jogada de Bruno Henrique.
Com um desconforto muscular, Diego não voltou para o segundo tempo. Berrío foi a resposta do técnico interino Marcelo Salles para dar profundidade e agressividade ao ataque. E logo no primeiro minuto, Everton Ribeiro lançou Bruno Henrique, que obrigou Agenor a fazer difícil defesa. O prodígio João Pedro, de 17 anos, levantou a torcida tricolor ao quase abrir o placar. Com os pés, Diego Alves defendeu à queima roupa.
Ineficaz na criação e dependente da velocidade de Berrío e Bruno Henrique, o Flamengo sofreu quando não teve a bola. Ao valorizá-la, o Fluminense foi mais produtivo e envolvente, mesmo não sendo tão incisivo. A entrada do promissor Marcos Paulo, de 18 anos, deu mais opção à equipe tricolor para trabalhar a bola no ataque. E Diego Alves teve que trabalhar para evitar um golaço na bomba da joia tricolor.
Em sua primeira finalização, Vitinho quase surpreendeu Agenor na cobrança de falta e levou mais perigo do que Gabigol nos minutos em que esteve em campo. Endiabrado, o Casal Sub-20 Tricolor, João Pedro e Marcos Paulo, ditava o ritmo. Ao abrirem espaço, abriram a brecha para Caio Henrique voltar a testar Diego Alves, que mais uma vez evitou o pior.
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