Flamengo e Botafogo voltam a se enfrentar - Gilvan de Souza / Flamengo
Flamengo e Botafogo voltam a se enfrentarGilvan de Souza / Flamengo
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Rio - O badalado Flamengo contra o operário Botafogo. A versão 2019 do clássico de hoje, às 17h, no Nilton Santos, o primeiro do Campeonato Carioca, tem esse enredo. Pelo menos fora de campo. Depois que a bola rolar, os dois clubes vão escrever nova página de uma história de confrontos centenários, com muita emoção, tradição e rivalidade. Uma história bem conhecida por Zé Ricardo e Abel Braga, técnicos com passagens pelos dois clubes.

O Botafogo é um velho conhecido de Abelão. Em 1985, em fim de carreira como zagueiro, ele foi chamado para ser auxiliar-técnico de Jorge Vieira. Seu trabalho foi tão bom que, meses depois, ele foi convidado para assumir o cargo de treinador do Rio Ave, de Portugal. Desde então, foram mais duas passagens por General Severiano, em 1987 e 2001.

Zé Ricardo fez o caminho inverso. Antes de chegar ao Botafogo, teve rápida passagem pelo Vasco, mas fez história nas categorias de base do Flamengo e assumiu o time profissional em 2016, quando foi campeão estadual invicto. Trajetórias que se cruzam hoje no Nilton Santos.

O Botafogo ainda não venceu no Campeonato Carioca e precisa dar a volta por cima para se manter com chances de ir às semifinais da Taça Guanabara. O Flamengo, com seus reforços milionários, não apresentou o futebol que a torcida espera, e também busca um bom resultado para tentar roubar a liderança do Boavista no Grupo B.

Missões quase parecidas em um confronto no qual, segundo Zé Ricardo, a importância dos treinadores fica em segundo plano. "Não acredito em duelo de técnicos. Será mais um clássico em nossas carreiras. O duelo será sempre entre os clubes. Eles serão sempre maiores que qualquer treinador", frisa Zé Ricardo, que demonstra respeito pelo comandante rubro-negro.

"Certamente o Abel estudou nosso time, assim como fizemos com a equipe dele. É um dos grandes técnicos do futebol brasileiro. Seu currículo fala por si só. Tem muito conhecimento, o que torna os confrontos contra suas equipes sempre difíceis. Será um grande jogo", prevê. Que vença o melhor.

REFORÇOS DEVEM FICAR NO BANCO
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Todos os reforços estarão à disposição de Abel Braga para o clássico com o Botafogo, mas a tendência é que o Flamengo entre em campo com a mesma escalação que venceu o Bangu, por 2 a 1, domingo, pela primeira rodada da Taça Guanabara.
Já regularizado, Bruno Henrique é a novidade da vez no time de Abel, mas ficará no banco de reservas. Como fez pré-temporada com o Santos, a forma física não deve ser problema para o atacante. O zagueiro Rodrigo Caio será o único recém-chegado a ser titular, enquanto Arrascaeta e Gabigol também ficarão como opção.
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O lateral-esquerdo Renê, titular absoluto desde o ano passado, falou sobre o duelo com o rival, que ainda não venceu no Campeonato Carioca. "Clássico é sempre complicado. No começo da temporada fica um pouco mais difícil. Não estamos no ritmo ideal ainda. Mas é difícil para os dois lados. O Botafogo vem de dois resultados ruins, mas vai dar a vida contra nós. Não podemos deixá-los ganhar na vontade", avisou Renê.
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NA FOGUEIRA, GAROTO JONATHAN GANHA OPORTUNIDADE
O Botafogo vai a campo hoje com apenas uma mudança em relação ao time que empatou com o Bangu. O jovem Jonathan, de 20 anos, entrará na lateral esquerda, no lugar de Gilson, suspenso. Apesar da inexperiência do garoto, Zé Ricardo confia no seu potencial e o considera pronto para dar conta do recado — mesmo entrando no time em um momento delicado.
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"Preparado ele está. Se não, não teria chegado ao profissional do Botafogo. Logicamente que os jogos vão dando caixa. Tem treinado desenvolto e tem o apoio do grupo e da comissão. Tem tudo para fazer um bom jogo", afirmou o treinador, que falou sobre os pontos fortes de Jonathan.
"Ele tem bons fundamentos na defesa e no ataque. Passamos coisas para que ele se sinta mais à vontade para fazer um jogo bom. Característica próxima do Gilson", disse Zé Ricardo, que reconhece a superioridade do Flamengo, mas aposta no equilíbrio para superar o rival e seu favoritismo.
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"Existem algumas maneiras para tentar diminuir ou igualar essa diferença que hoje é real. Tenho uma equipe corajosa, que quer vencer e acertar logo. Podemos ser competitivos e retomar a confiança. Nada como um clássico para trazê-la de volta", completou.
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