Rio, 29/01/2020, Campeonato Carioca jogo entre Flamengo x Fluminense, foto de Gilvan de Souza / Agencia o Dia - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Rio, 29/01/2020, Campeonato Carioca jogo entre Flamengo x Fluminense, foto de Gilvan de Souza / Agencia o DiaGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por HUGO PERRUSO

No primeiro Fla-Flu de 2020, a experiência tricolor superou o ímpeto e frescor da juventude rubro-negra. Coube a Nenê, jogador mais velho em ação no Maracanã, com 38 anos, garantir com um golaço de calcanhar a vitória no clássico, que encerra o jejum de cinco jogos sem vitória sobre o arquirrival, além da liderança isolada do Grupo B, com 12 pontos e 100% de aproveitamento.

O Rubro-Negro, ainda sem força máxima, apostou mais uma vez na base no duelo com o Tricolor, já com um esboço próximo da formação ideal. No papel, a vantagem no quesito 'bagagem' não pesou para o lado mais experiente no início.

Com duas vitórias seguidas na Taça Guanabara, a garotada rubro-negra bem que tentou colocar as 'manguinhas' de fora, principalmente pelos pés dos velozes Yuri e Bill. O ímpeto da juventude, porém, não foi suficiente para abrir o placar no primeiro tempo, mesmo com os sustos que Luccas Claro e Digão deram na torcida.

Conforme o relógio corria, o Fluminense assumia o controle de posse de bola. Mas a dificuldade de ameaçar sem um atacante fixo foi nítida. Yago, Matheus Alessandro e Miguel não incomodaram. Os gritos de 'time assassino', entoados pelos tricolores, sim.

Ainda assim, o Tricolor foi quem esteve mais perto de inaugurar o placar com Nenê, por duas vezes. A melhor numa em cobrança de falta no travessão.

A arrancada desenfreada de Bill da intermediária, seguida de um chute cruzado, raspando a trave de Muriel, foi um indicativo de que o clássico ganharia em emoção no segundo tempo. E de fato, o jogo ficou mais aberto.

Apesar da troca de posição entre Nenê e Miguel, Odair Hellmann tentou corrigir o problema de falta de referência no ataque com a entrada de Lucas Barcelos no lugar de Matheus Alessandro. Ao avaliar que 'abusados' Yuri e Bill perderam gás, Maurício Souza tentou renovar o fôlego com Lucas Silva e Wendel, respectivamente.

A maturidade que faltou a Pepê na bola perdida no meio de campo sobrou a Nenê, no belo gol de calcanhar, aos 26 minutos, após o cruzamento de Yago Felipe. Na ansiedade para acertar, a garotada rubro-negra errou demais, enquanto o Fluminense teve paciência para administrar o resultado. Fica a lição.

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