09/02/2020 - FLUMINENSE X BOTAFOGO se enfrentam, neste domingo, no Maracana pela 6 rodada do Campeonato Carioca. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia - Daniel Castelo Branco / Agencia O Dia
09/02/2020 - FLUMINENSE X BOTAFOGO se enfrentam, neste domingo, no Maracana pela 6 rodada do Campeonato Carioca. Foto: Daniel Castelo Branco / Agencia O DiaDaniel Castelo Branco / Agencia O Dia
Por MARCELO BERTOLDO
Rio - Clássico mais antigo do futebol carioca, Fluminense x Botafogo, disputado desde 1905, foi decidido pelo 'Vovô' Nenê. Jogador mais velho em campo, o meia, de 38 anos, mostrou à garotada como ser eternizado na história. Com dois belos gols, comandou a implacável vitória por 3 a 0, no Maracanã. Pé-quente, o reestreante Wellington Silva completou o placar que reiterou o Flamengo como adversário na semifinal da Taça Guanabara, quarta-feira, no Maracanã. Já eliminado, o Glorioso, nocauteado tática e tecnicamente, não teve a atuação perdoada pela torcida, que cobrou a demissão de Alberto Valentim.
Com a vitória dos concorrentes Boavista e Flamengo no sábado, o Botafogo entrou em campo sem chances de classificação para a semifinal. O bom início, confirmado com a cobrança de falta do estreante Danilo Barcelos no travessão de Muriel, deu a impressão que a despedida seria com hombridade. Não foi o que aconteceu, mesmo com novidades na escalação, casos de Barrendeguy, Danilo, Caio Alexandre e Warley.
Publicidade
Passado o susto, o Fluminense tomou conta do clássico. Pela primeira vez em ação, o trio de ataque ideal, formado por Wellington Silva, Marcos Paulo e Evanilson, infernizou a defesa alvinegra, com movimentação e velocidade. O aumento do poder de fogo foi nítido e Gatito Fernández teve muito trabalho.
No duelo com Nenê, no entanto, o goleiro não teve a menor chance. Aos 9, o camisa 77 acertou um lindo chute de primeira após o preciso cruzamento de Gilberto. Da tabela com Wellington Silva, teve origem outro chute sem chances de defesa para o paraguaio. A bola ainda tocou na trave antes de entrar, aos 19.
Publicidade
Atônito, o Botafogo acusou o golpe. Perdido em campo, não conseguiu neutralizar os avanços de Gilberto e Egídio pelos lados. A falta de encaixe no meio de campo foi perfeita Nenê deitar e rolar. O gol de Wellington Silva, aos 37, deixou o Glorioso à beira do nocaute. Foi o suficiente para a cobrança da arquibancada pela demissão de Valentim.
Do camarote, Honda não deve ter ficado com uma boa impressão do que viu, mas ciente da responsabilidade que o espera em breve. Não fosse Gatito Fernández, o prejuízo teria sido ainda maior no segundo tempo. Se Odair Hellmann deixou o Maracanã com a sensação de que o Tricolor venceu e convenceu, Valentim viverá dias de incerteza à frente do Glorioso.