De lanterna da competição, com apenas um ponto conquistado em quatro jogos disputados, a equipe passou a ter desempenho de 'G10'. Ganhou 23 pontos em 16 partidas, o 9º melhor resultado. Um aproveitamento superior aos de Botafogo, Atlético Mineiro, Goiás e Athletico Paranaense, que estão à sua frente, por exemplo. Melhor também que Ceará, Fortaleza, Fluminense e Cruzeiro, times próximos.
O Campeonato Brasileiro do vascaíno poderia ser outro se o grupo tivesse começado já nas mãos do treinador. Melhor ainda se o ano fosse iniciado sob o seu comando e não o de Alberto Valentim, mantido no cargo apesar do aproveitamento de apenas 33% em 2018 - mesmo com Maxi López em grande fase. Luxa tem 47,9%, contando apenas duelos da Série A.
Vislumbrar uma vaga na Sul-Americana, portanto, não é utopia. E não só pela melhora nos resultados, fato evidenciado pelos números, mas pelo desempenho. Obviamente não é um time que encanta, tem suas limitações - principalmente ofensivas -, mas pela competitividade que o treinador conseguir impôr. O Vasco hoje tem uma maneira sólida de jogar. Se defende bem, ataca em velocidade e é bom na bola parada.
É pouco? Depende do objetivo. Para o meio de tabela, não é.
Os dois próximos duelos serão fora de casa, contra Corinthians e Atlético Mineiro. Se fosse o Vasco do ano passado, que não ganhou nenhuma como visitante, pouco se esperaria da equipe. No entanto, nos últimos cinco confrontos longe do Rio, o Cruz-Maltino venceu dois - Goiás e Chapecoense -, empatou um - Palmeiras - e perdeu apenas dois, mas jogando melhor. Contra o Grêmio, o gol mal anulado de Pikachu, que seria o 2 a 0, mudou o rumo do jogo. Já com o Cruzeiro, foi o pênalti perdido por Yago, quando o placar ainda estava zerado, que impediu um melhor sucesso.
As dificuldades do Vasco não são tão diferentes dos demais times do meio da tabela, como Botafogo, Goiás e Galo, por exemplo. Com o desempenho atual, dá pra olhar um pouco mais pra cima.