Rio, 06/10/2019, Campeonato Brasileiro jogo entre Botafogo x Fluminense valido pela 23ª rodada, Foto de Gilvan de Souza / Agencia O Dia - Gilvan de Souza / Agencia O Dia
Rio, 06/10/2019, Campeonato Brasileiro jogo entre Botafogo x Fluminense valido pela 23ª rodada, Foto de Gilvan de Souza / Agencia O DiaGilvan de Souza / Agencia O Dia
Por O Dia
Wellington Nem de um lado, Yony González do outro e João Pedro centralizado, com Ganso e Nenê responsáveis por construir de trás. Era essa a ideia de jogo de Oswaldo de Oliveira no Fluminense - pelo menos até a lesão de Nem. Um time que buscava o jogo quase sempre pelos lados e que dependia demais de dois veteranos para fazer a transição. A bola demorava a chegar em quem era capaz de acelerar e, quando acontecia, o encontrava isolado pelos flancos, sem apoio, facilitando a perda da posse.

Nos dois jogos sob o comando de Marcão, porém, as coisas mudaram.

Com Daniel de volta ao meio-campo e Nenê mais avançado, na vaga que antes era de Wellington - mas com outra função -, a saída ficou mais dinâmica e o ataque menos previsível. Ao contrário de Nem, que tinha como objetivo quase sempre a linha de fundo, o camisa 77 muda constantemente de posição, buscando o jogo mais por dentro, abrindo espaço para as subidas dos laterais e para a chegada de Ganso. Ou seja, a equipe ganha mais opções na hora de trabalhar a bola em seu ataque.

Com Ganso, Nenê e Daniel organizando as ações ofensivas e Allan dando apoio ao trio, Yony voltou a ser mais participativo na conclusão das jogadas. Menos acionado pelo lado, González pode pisar mais na área, como aconteceu no clássico deste domingo, contra o Botafogo. Assim, inclusive, marcou o gol da vitória e criou outras duas boas oportunidades.

Com três finalizações certas, foi o líder do fundamento no jogo. Nas duas últimas partidas com Oswaldo - Goiás e Santos -, o colombiano não deu um chute sequer, nem pra fora. Mais presente na área, encerrou o jejum de 11 jogos.

E não foi apenas Yony que melhorou, foi todo o time. Em seis jogos do Brasileiro com Oliveira, o Flu teve um aproveitamento de apenas 30,2% de acerto nas finalizações, marcando somente três gols. Com Marcão, em duas partidas, a equipe já igualou o número de bolas na rede e obteve um rendimento de 41,6% no fundamento.

Uma melhora que é fruto de um ataque mais bem organizado - e isso passa também pela estrutura do meio-campo -, próximo e móvel, montado por Marcão. Um alento e uma esperança aos tricolores neste returno.