Por fabio.klotz

Chile - A estreia não foi das melhores. Porém, o talento de Neymar fez a diferença. O craque marcou o primeiro gol brasileiro e achou Douglas Costa, autor do gol da vitória de virada sobre o Peru: 2 a 1, neste domingo, pelo Grupo C da Copa América, a primeira competição oficial após o vexame na Copa do Mundo. Dunga continua com 100% de aproveitamento, agora com 11 vitórias seguidas.

Neymar conduz a seleção brasileira em momento de reconstruçãoReuters

Neymar é o cara da Seleção e ninguém duvida. Além disso, terá a responsabilidade de conduzir a reconstrução do Brasil. Ele se desdobrou em campo: foi centroavante, como no lance do gol, caiu pelos lados, deu chapéu e fez a diferença. Foi dele o passe para o gol de Douglas Costa.

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A Seleção decepcionou. O Brasil teve mais posse de bola e criou chances no primeiro tempo, mas faltou acertar a pontaria. O time, porém, não conseguiu manter o ritmo na etapa final. A equipe se ressentia de criatividade. Então surgiu o talento de Neymar. Cada vez mais indispensável à Seleção.

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Dunga cercou o time de mistério, escondendo a equipe titular. O técnico não pôde contar com Philippe Coutinho, que tem um problema muscular. Daniel Alves, recém-chegado para o lugar de Danilo, cortado, assumiu a lateral direita. Diego Tardelli ficou com a vaga no ataque (Firmino foi banco).

O Brasil volta a campo na quarta-feira para encarar a Colômbia, às 21h (horário de Brasília). A Seleção e a Venezuela, que surpreendeu os colombianos, têm três pontos cada.

O jogo

O Brasil levou um susto logo aos dois minutos. O Peru se aproveitou de uma trapalhada da zaga brasileira e abriu o placar. David Luiz recuou na fogueira para Jefferson. Em vez de dar um chutão, ele tentou um passe curto. Cueva recuperou a posse e emendou: 1 a 0.

A resposta brasileira demorou dois minutos. Daniel Alves cruzou da direita. Neymar entrou livre e cabeceou para o fundo da rede: 1 a 1. Com o gol, o craque assume, de forma isolada, o quinto lugar na artilharia da Seleção, com 44 gols. A virada quase aconteceu com Fred. Ele apareceu pela esquerda e emendou com força. Gallese salvou. Neymar também levou perigo. O craque teve a chance de ampliar. Ele ficou com rebote de chute de Tardelli, mas Zambrano tirou quase que em cima da linha.

O Peru apostava no contra-ataque e voltou a assustar. Cueva avançou e chutou fora da área, obrigando Jefferson a salvar. Neymar queria jogo. Em prova de habilidade, ele deu dois chapéus seguidos em Advíncula e levou uma pancada. O Brasil era superior e criou chances, mas faltou caprichar na pontaria.

Neymar logo assustou no segundo tempo. Ele acertou o travessão de Gallese. O Brasil não manteve o ritmo da primeira etapa. Dunga fez a primeira mudança. Douglas Costa entrou na vaga de Tardelli. O meia-atacante quase marcou. Neymar roubou a bola e organizou contra-ataque. Douglas Costa recebeu o passe, mas tirou muito do goleiro. A bola foi para fora. Depois, foi a vez de Firmino entrar. Fred saiu.

A última cartada de Dunga foi Everton Ribeiro, na vaga de Willian. O Brasil encontrava dificuldade para criar. Em um raro momento, Neymar teve a chance de marcar, mas o chute foi para fora. Mas o talento de Neymar faz a diferença. Ele carregou a bola, ameaçou bater e achou Douglas Costa, com um passe genial. O meia-atacante dominou e tocou no canto: 2 a 1, aos 46 minutos do segundo tempo. Ufa!

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2X1 PERU

Estádio: Germán Becker
Árbitro: Roberto García
Gols: Cueva (Peru, aos 2' do 1ºT), Neymar (Brasil, aos 4' do 1ºT) e Douglas Costa (Brasil, aos 46' do 2ºT)
Cartão amarelo: Guerrero e Juan Vargas (Peru) e Neymar e Filipe Luís (Brasil)
Cartão vermelho: -

BRASIL: Jefferson; Daniel Alves, David Luiz, Miranda e Filipe Luís; Fernandinho, Elias e Fred (Firmino, aos 29' do 2ºT); Willian (Everton Ribeiro, aos 41' do 2ºT), Neymar e Diego Tardelli (Douglas Costa, aos 21' do 2ºT). Técnico: Dunga.

PERU: Gallese; Advíncula, Zambrano, Ascues e Juan Vargas (Yotun, aos 42' do 2ºT); Ballón, Lobatón, Joel Sánchez e Cueva (Reyna, aos 37' do 2ºT); Farfán (Carrillo, aos 37' do 2ºT) e Guerrero; Técnico: Ricardo Gareca.


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