Muito pressionado, o técnico Tite precisa conquistar a Copa América - Lucas Figueiredo/CBF
Muito pressionado, o técnico Tite precisa conquistar a Copa AméricaLucas Figueiredo/CBF
Por O Dia

Além da tática, Tite mudou uma característica própria na véspera do decisivo duelo contra o Paraguai, hoje, às 21h30, na Arena do Grêmio. O treinador abriu mão do rotineiro mistério e, sem firulas, confirmou a equipe que tentará levar o Brasil às semifinais da Copa América, com Allan na vaga do suspenso Casemiro, já que Fernandinho, substituto direto do cabeça de área, não está 100% recuperado de lesão no joelho direito. Tite também revelou o ataque, com Gabriel Jesus, Firmino e Everton.

"Fernandinho está fora. Quem joga é o Allan. Fernandinho não ia atuar em suas condições normais. Não estava nas suas condições", revelou Tite, acrescentando que, no amistoso contra a República Tcheca, Allan e Arthur fizeram o meio de campo. Ele garantiu, porém, que sua escolha não se resume ao outrora criticado 'seis por meia dúzia'. "Às vezes jogadores entram em uma mesma posição, mas emprestam características diferentes", frisou.

Indagado sobre a triste coincidência de não ter Casemiro em campo nas duas únicas derrotas (para Argentina e Bélgica) que sofreu no comando da Seleção, Tite foi lacônico. "Temos o grande desafio de mudar essa estatística", resumiu o treinador, que, hoje, fará apenas seu terceiro duelo de mata-mata desde que assumiu o comando da equipe — eliminou o México nas oitavas de final da Copa da Rússia e caiu nas quartas, para os belgas.

Em relação ao Paraguai, carrasco do Brasil nas competições continentais de 2011 e 2015, com eliminações em cobranças de pênaltis, Tite espera uma partida difícil, apesar de o adversário não vencer na Copa América desde 2015 (1 a 0 na Jamaica). "Será um jogo decisivo. A margem de acerto tem que ser alta, com nível de concentração altíssimo. É preciso ter maturidade se o nosso gol não sair cedo. São 90, 95 minutos para acabar o jogo", frisou.

Sobre uma possível decisão da vaga em nova cobrança de pênaltis, Tite revelou certo desconforto. "Nunca vou estar tranquilo em cobranças de pênalti. É injusto a penalidade máxima. Personaliza sucesso ou fracasso. Marco Antônio perdeu na final do Campeonato Brasileiro, ficou dois ou três dias fechado em casa. Não queria encontrar com ninguém", resumiu Tite, que quer a classificação com a bola rolando.

Gatito como trunfo para manter tabu
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Apoiado num consistente sistema defensivo, o Paraguai conta com a segurança do goleiro Gatito Fernández, ídolo do Botafogo e especialista em defender pênaltis. O Brasil já sofreu diante dos 'guaranis' nas cobranças alternadas e, hoje, quer evitar que a história se repita. Os paraguaios foram os algozes da Seleção nas quartas de final da Copa América (em 2011 e em 2015), justamente com os pênaltis definindo a classificação às semifinais.
Everton 'Cebolinha' alerta que, apesar de ter somado apenas dois pontos no Grupo B, o Paraguai tem jogadores de qualidade. "Eles eliminaram o Brasil algumas vezes na Copa América", lembrou. "Mas, além das dificuldades que podem surgir, estamos prontos para passar de fase", acrescentou o atacante do Grêmio, que jogará em casa em Porto Alegre.
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O Paraguai, porém, tem outros planos. Apesar de estar há dez jogos sem vencer uma partida de Copa América nos 90 minutos — a última vez foi em 2015, quando fez 1 a 0 na Jamaica —, a meta é ir à semifinal e quebrar a escrita em três edições diferentes da competição continental. Mas, se a vaga vier nos pênaltis, será bem-vinda.
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