Rio de Janeiro - RJ - 07/07/2019 - Futebol - Copa America 2019 - partida valida pela final - Brasil x Peru - Estadio Maracana, Maracana, zona norte do Rio - Foto Reginaldo Pimenta / Agencia O DiaReginaldo Pimenta / Agencia O Dia
Por MARCELO BERTOLDO
Publicado 08/07/2019 23:00

O brilho da medalha de campeão da Copa América não foi suficiente para convencer o brasileiro de que a Seleção está pronta para recuperar a hegemonia no futebol. Sem bancar a permanência à frente do projeto que prioriza a Copa do Mundo de 2022, no Catar, Tite sentiu na pele e em casa a pressão de atender às expectativas de milhões de torcedores.

Com contrato até 2022 e garantido pelo presidente da CBF, Rogério Caboclo, Tite reconhece os desafios pela frente. A renovação é inevitável. Melhor jogador na conquista do nono título continental do Brasil, o capitão Daniel Alves está com 36 anos e deve abrir a vaga para o próximo ciclo.

Selecionáveis, o lateral-esquerdo Renan Lodi (Atlético de Madrid), o volante Fabinho (Liverpool) e os atacantes Rodrygo e Vinicius Junior (Real Madrid) são bem cotados nas próximas convocações. O processo de rejuvenescimento e captação de novos talentos não diminui a cobrança pela evolução do futebol apresentado na Copa América, promessa que Tite não cumpriu.

Encontrar um lugar e função para Neymar é outro problema a ser resolvido. Na ausência de seu principal astro, o coletivo prevaleceu na competição. Com atuações irretocáveis, a defesa foi o setor que mais progrediu. Ofensivamente, o Brasil deixou a desejar e dependeu do brilho individual para superar as marcações mais cerradas. Nesse quesito, o ousado Everton 'Cebolinha' foi quem mais se destacou, a ponto de Tite brincar ao falar sobre a volta de Neymar: "Joga, ele (Everton), Neymar e mais nove".

Fortalecido pela conquista da Copa América, o vitorioso Tite não se ilude com mais um título na carreira. Afinal, nem tudo que reluz é ouro.

 

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