Por pedro.logato
Rio - Dono de marca histórica e até hoje não igualada em Copas do Mundo — fez gols em todos os seis jogos do Brasil na conquista do tri, em 1970, no México —, Jairzinho diz que ficará feliz se o seu recorde for superado (hoje o país campeão disputa sete partidas). E até já elegeu o sucessor: Neymar. Ele aposta no talento do camisa 11 do Barcelona na busca pelo hexa.
“Torço para Neymar bater minha marca. Afinal, ele é brasileiro como eu e um craque. Neymar será o Furacão da Copa”, prevê o eterno camisa 7 do Botafogo, que também vê Messi e Cristiano Ronaldo como candidatos a superá-lo.
Jairzinho aposta em Neymar para 2014Uanderson Fernandes / Agência O Dia

“São gênios e sempre lutam pela artilharia nos campeonatos que disputam”, avalia. Jairzinho, porém, frisa que a torcida por Neymar tem outro motivo: o fato de que a cada gol do atacante, o Brasil ficar mais perto do título.

“Se ele fizer um gol por jogo, iremos à final com a vantagem de 1 a 0. E fazer 1 a 0 na decisão é um passo gigantesco para ganharmos a taça”, diz. O Furacão da Copa de 1970 vê a seleção de Felipão como favorita.

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“Joga em casa, empurrada por uma torcida maravilhosa, presente e apaixonada, que deu show na Copa das Confederações e vai fazer o mesmo no Mundial”, avalia, sem medo dos rivais:
“Uma Copa com os oito campeões mundiais é linda. Mas vejo só Argentina e Alemanha em condições de brigar pelo título. A Espanha vai decepcionar.”
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CAPELLO ATÉ 2018
A Rússia está no Grupo H da Copa de 2014, ao lado de Bélgica, Argélia e Coreia do Sul, mas de olho, mesmo, no Mundial de 2018, que vai sediar. Prova disso é que anunciou ontem a renovação de contrato do técnico Fabio Capello, de 67 anos, por mais quatro anos. “Temos grandes planos e farei o possível para que os torcedores russos sejam felizes”, disse Capello.
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É RECORDE!
A Copa está longe de começar, mas já bateu um recorde: o de procura por ingressos. A Fifa informou ontem que recebeu na segunda fase de venda (que se encerra no próximo dia 29) quase 3 milhões de pedidos — 700 mil são de torcedores de outros países. A cada 22 pedidos feitos, apenas um será atendido. Para isso, a Fifa realizará um sorteio, previsto para fevereiro.
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PASTELÃO COM MOLHO ÁRABE
Vinte e sete minutos do segundo tempo no Estádio Nuevo Zorilla, em Valladolid. A França vencia tranquilamente o Kuwait por 3 a 1 pela segunda rodada do Grupo D da Copa de 1982. Platini deu um passe na medida para Giresse, que tocou na saída de Al-Tarabulsi para fazer o quarto gol.
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Os árabes cercaram o árbitro soviético Miroslav Stupar. Alegaram que haviam parado porque ouviram um apito assinalando impedimento. As imagens de TV mostram que Stupar não levou o apito à boca. Mas a confusão estava formada. E ainda ficaria pior.
Cercado por uns quatro, cinco guarda-costas generosos, o xeque Fahad Al-Ahmad Al-Sabah, presidente da federação kuwaitiana, desceu das tribunas para invadir o gramado e pedir a anulação do gol com dedo em riste na direção do árbitro. O brasileiro Carlos Alberto Parreira, técnico da equipe árabe, observava a tudo estupefato. O gol, acreditem, foi anulado. O jogo recomeçou com uma inacreditável bola ao chão. Mas o protesto do xeque de nada adiantou. A França ainda teve tempo para marcar o quarto gol e fechar o placar.
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Após o Mundial, Stupar foi defenestrado pela Fifa de seu quadro de arbitragem. Já Al-Sabah teve um fim trágico: morreu fuzilado por tropas iraquianas que invadiram o Kuwait em 1990.

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Coluna de Alysson Cardinali e Flávio Almeida