Por pedro.logato

Croácia - Quando o assunto é a seleção da Croácia, o nome do brasileiro Eduardo da Silva logo vem à cabeça. Nascido na Vila Kennedy, o carioca fez do país dos Balcãs sua pátria adotiva. Ontem, Eduardo ganhou um ‘irmão’ quando o treinador Nico Kovac anunciou os 30 pré-convocados para a Copa do Mundo com a inclusão de um certo Sammir, do Getafe (Espanha).

Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, o meia de 27 anos começou no Atlético-PR e foi campeão da Copa do Brasil em 2005 atuando pelo Paulista, que naquele ano venceu o Fluminense na final. Voltou para o Furacão e foi negociado no final de 2006 para o Dínamo Zagreb, pelo qual jogou por seis temporadas e obteve a dupla cidadania.

Sammir tem chances de disputar a CopaDivulgação

Não demorou muito para se destacar e ser convocado. Até hoje disputou quatro jogos pela Croácia, sob o comando de Slaven Bilic. Com a chegada de Kovac, ele perdeu espaço, e só voltou a ser chamado agora.

No entanto, a vida de Sammir na Croácia não foi fácil. Além dos problemas de adaptação, em 2010, um grupo racista criou uma página em uma rede social contra a convocação dos brasileiros para a seleção. “Ele sofreu com a língua e com o frio, mas teve forças. Recebeu propostas para voltar, mas quis ficar. Ele tinha moral. Quando saía na rua, as pessoas o paravam, o tratavam com carinho”, disse o ex-goleiro Kleber (que jogou pelo Flu), que fez parte da empresa que gerenciava sua carreira.

Neto Baiano, atacante do Sport e companheiro nos tempos de Paulista, e se surpreendeu: “Está na Croácia? Ele é bom para caramba. Habilidoso, forte, grande jogador. Se depender dele, vai dar trabalho.”

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