São Paulo - A temporada de Cristiano Ronaldo é excelente. Amanhã, em Lisboa, o craque do Real Madrid pode colocar a cereja no bolo com o título da Liga dos Campeões contra o Atlético de Madrid. O questionamento de quem pode parar o melhor jogador do mundo é frequente, mas o maior adversário do craque, avaliado em R$ 266 milhões, segundo o site Transfermarkt, pode não ser um zagueirão, mas um mosquito de 0,5cm: o aedes aegypti, transmissor da dengue.
A seleção portuguesa, que chega ao Brasil no próximo dia 11 para disputar a Copa do Mundo, ficará em Campinas, no interior de São Paulo, onde, só em 2014, foram registrados 32.384 casos da doença — com três mortes. Outros três óbitos estão sendo investigados. A média é de 226 novos casos por dia. Em maio, quase 11 mil casos foram diagnosticados na cidade.
“Não sabia que os casos de dengue na região eram tão elevados. Mas tenho certeza que a Federação Portuguesa tomou todas as precauções para garantir que tudo sairá bem”, disse o atacante Hugo Almeida, que joga no Besiktas, da Turquia, e luta por vaga no ataque da seleção.
A Federação Portuguesa se disse ciente do problema, mas descartou mudar de sede. A equipe comandada por Paulo Bento, que está no Grupo G, com Alemanha, Gana e Estados Unidos, ficará hospedada no Resort The Palms e fará seus treinos no estádio Moisés Lucarelli, da Ponte Preta.
Apesar da preocupação com a dengue, Hugo Almeida não vê a hora de chegar ao Brasil. “Estou muito animado. Trata-se da competição mais bonita do futebol e logo no Brasil. Será fantástico”, afirmou o jogador, que completa hoje 30 anos.
Antes de chegar a Campinas, Portugal encara a Grécia, dia 31, no último amistoso pré-Mundial. Além de CR7 & Cia., a Nigéria também escolheu Campinas como cidade-sede, mas vai treinar no estádio Brinco de Ouro, que pertence ao Guarani. Assim como os portugueses, os africanos chegarão dia 11, véspera do início do Mundial.
