Por pedro.logato

Rio - Os 22 anos poderiam lhe servir de escudo. Mas, prestes a completar 50 jogos pela Seleção — com 48, deve atingir a marca na estreia da Copa, contra a Croácia —, com 31 gols marcados e muito tempo pela frente, Neymar não tenta driblar sua responsabilidade de conduzir o Brasil ao hexa. Em vez de carregar o peso nas costas, mata no peito e sai jogando, com direito a canetas e pedaladas. Em quatro anos, foi de menino da Vila a candidato a craque da Copa. O futebol do camisa 10 amadurece com a mesma velocidade que o atacante passa por seus marcadores, que dificilmente conseguem pará-lo.

Neymar já tem 31 gols pela seleção brasileiraReuters

“Sobretudo quando ele pega velocidade com a bola no pé. Ele tem dribles curtos, e quando você acha que ele vai driblar curto ele dá um tapa na frente. É muito complicado marcar um jogador rápido, habilidoso e inteligente como ele”, analisou Thiago Silva. 

Equilibrado entre a competitividade e a alegria, ele tomou para si o papel de protagonista da Seleção, trocou o Santos pelo Barcelona e ganhou respeito internacional. O clamor popular não foi suficiente para lhe garantir vaga no grupo de Dunga que disputou a Copa de 2010, mas reservou seu lugar no coração da torcida brasileira.

“Num treino, ele veio para cima de mim, e eu fiz a falta. Um torcedor gritou: ‘calma, Thiago, deixa ele.’ Eu ia responder, mas fiquei tranquilo”, revelou o capitão.

Pouco mais de um mês após a eliminação do Brasil contra a Holanda, nas quartas de final do Mundial da África do Sul, Neymar estreava pela seleção principal com gol, na vitória sobre os Estados Unidos por 2 a 0, em amistoso. Desde então, cresceu com as decepções — foi vice nas Olimpíadas de Londres e eliminado precocemente da Copa América, no ano anterior — e experimentou o sucesso, na Copa das Confederações. Agora, parece pronto para ser o cara da Copa.

“Das vezes que o Brasil foi campeão sempre teve alguém de mais destaque. Sem dúvida ele vai decidir muitos jogos”, garantiu Fernandinho.

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