Por fabio.klotz

Rio - Em um clima bem familiar, tricolores e italianos combinavam nas cores das bandeiras e nos cânticos para empurrar as suas equipes em Volta Redonda. Nunca a palavra amistoso fez tanto sentido. Torcedores do Fluminense puxaram o famoso "Funiculì, Funiculà", tradicional tarantella, aplaudindo de pé os jogadores da Azzurra. Balotelli e Pirlo foram os mais saudados pela galera. Todos estavam em casa no Raulino de Oliveira.

Dilson Afonso e Ana Bonfantti curtiram o amistoso entre Fluminense e ItáliaErnesto Carriço / Agência O Dia

Na arquibancada, facilmente eram vistos casais divididos pelo futebol, mas unidos pelo amor. A italiana Ana Bonfantti, 35 anos, e o namorado tricolor Dilson Afonso, 29, eram só sorrisos e descontração. Mas o empate seria o placar ideal para não haver briga em casa.

“É uma oportunidade única para virmos ao estádio juntos. Se for 2 a 2 está de bom tamanho”, afirmou antes do jogo Dilson, que conheceu a amada em um estaleiro em Angra dos Reis e não teve dificuldade de fazê-la torcedora do Fluminense no Brasil.

“As cores são parecidas”, simplificou Ana.

Problema com ingresso

As italianas, por sinal, embelezaram o Raulino de Oliveira, chamando a atenção por onde passavam. Monica Mannai, 22, foi a Volta Redonda para ver pela primeira vez uma partida da Azzurra de perto. Mas ela não estava muito otimista.

“A defesa é a força da nossa seleção. Não gosto muito do ataque. Não me passa confiança”, analisou.

A bela deixou a família em Cagliari para fazer intercâmbio no Brasil e ainda tem dificuldade para falar o português.

E, se lugar da família era no estádio, Alberto Morello, 39 anos, tratou de reforçar a torcida italiana com a mulher Michelle, 39, e o filho Mattia, de 8. Nem as três horas e meia de viagem entre a cidade mineira de Pouso Alegre e Volta Redonda os desanimou.

“Nós viemos com um colega de trabalho e valeu a pena por poder assistir a meu primeiro jogo da seleção italiana”, ressaltou Alberto.

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Problema mesmo ele teve na entrada do estádio, quando procurou o posto para trocar seu ingresso comprado pela Internet. Faltava informação e, no fim, Alberto acabou entrando só com o comprovante de compra do bilhete.

“Que bagunça. Tenho medo de como vai ser na Copa do Mundo”, reclamou.

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