Por rafael.arantes

Rio - Torcida de um Baixinho, mas com valor gigante. A Copa do Mundo vai começar e, para brindar a seleção brasileira, uma lenda do futebol também cravou a confiança no grito de hexacampeão. Antes de a bola rolar para estreia do Brasil contra a Croácia, às 17h desta quinta-feira, na Arena Corinthians, Romário não esquece os 'abusos do padrão Fifa', mas vê o título como uma forma de amenizar os problemas da organização do Mundial. Esperança e fé movem o lado torcedor do craque que, ao aprovar o trabalho de Felipão, aposta no cenário perfeito para o sonho virar realidade: nos braços da torcida.

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Romário põe fé no título da Seleção para amenizar os abusos do padrão Fifa%3A 'Aliviar o sofrimento do povo'Divulgação

"Eu acho que a Seleção tem que tentar dar essa felicidade dentro de campo, esse pouquinho de alegria ao povo. Fora de campo a população tem sofrido muito, principalmente com esses gastos absurdos e esse padrão Fifa que já passou dos limites. O Brasil já perdeu fora de campo,e de goleada, mas a esperança, pelo menos minha como brasileiro, é de conquistar esse título inédito. Estou muito esperançoso, tenho bastante fé que o time possa conseguir esse título. A Seleção tem uma forma de jogar bastante harmônica, acredito que isso será um ponto positivo, fora jogar na sua casa, com o calor da sua torcida, no seu ambiente. O Brasil é o candidato número 1 para ser campeão do mundo", disse.

Bola rolando sempre foi a maior especialidade de Romário e ao pensar na Copa é impossível deixar o assunto de lado. O Baixinho acredita que o Brasil é sim o maior favorito para ficar com o taça, mas não fecha os olhos para quatro outras grandes forças do Mundial. Alemanha, Argentina, Itália e Espanha ligam o alerta do craque, mas o histórico recente da Seleção o deixa tranquilo pelo sonho de ver a taça permanecendo no país.

"Para mim são as quatro seleções que ameaçariam o Brasil se o grupo não conseguir fazer uma boa competição. Mas, se a Seleção fizer o mesmo jogo que fez nos dois últimos jogos da Copa das Confederações, mesmo esses times jogando bem, deverá ser campeã do mundo. A aposta é essa: o Brasil jogar da forma que jogou os últimos jogos e continuar com esse espírito determinado que o Felipão conseguiu fazer", analisou.

Cena marcante: Taça do tetra nas mãos do craqueArquivo / Agência O Dia

Voltar a disputar uma Copa nos braços da torcida é mais um dos pontos que somam a favor da seleção brasileira. Após ver o título escapar no Mundial de 1950, o Maracanã será novamente palco de uma final de Copa do Mundo. O estigma do "fantasma de 50" já é passado e a confiança pelo hexa em casa é a maior possível.

"Houve um avanço muito grande da Seleção na Copa das Confederações no ano passado, quando fomos campeões, e merecidamente. Agora acredito muito na conquista desse título em casa, já que teve a oportunidade em 1950 e não conseguiu. Agora será uma nova chance: com outra mentalidade, com outros jogadores, outro modelo de futebol", comentou.

Mesmo longe dos gramados, Romário não esquece uma das cenas que mais marcou a carreira no futebol. Levantar a taça de campeão do mundo ao lado do capitão Dunga é figurinha certa nos melhores momentos da vida do craque, que espera ver na equipe de Felipão os mesmos fatores que levaram o grupo do tetra ao sucesso.

"O final da Copa de 1994 é um momento inesquecível pra mim. Sorte, determinação, fé e superação. Estes elementos fazem o grupo campeão", finalizou.

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