Por adriano.araujo

Distrito Federal - A presidenta Dilma Rousseff aproveitou um evento em Brasília nesta sexta-feira para rebater os xingamentos recebidos durante o jogo de abertura da Copa do Mundo entre Brasil e Croácia, em São Paulo, na tarde de ontem.

Dilma disse que em sua vida já teve que suportar agressões físicas "quase insuportáveis", referindo-se às torturas sofridas quando esteve presa durante a ditadura, e que não serão agressões verbais que a abaterão ou a farão se atemorizar.

"Quero dizer e reiterar para vocês: não serão xingamentos que vão me intimidar ou me atemorizar, não me abaterei por isso", disse a presidenta em discurso na cerimônia de inauguração de trecho do BRT Expresso DF Eixo Sul.

Dilma ouviu xingamentos durante jogo entre Brasil e Croácia%2C na abertura da Copa do MundoAgência O Dia

A presidenta, que enfrenta baixa popularidade e tem caído nas pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro, ouviu torcedores presentes na Arena Corinthians para o jogo Brasil e Croácia gritarem "Ei, Dilma, vai tomar no c...".

Depois da experiência da abertura da Copa das Confederações em 2013, quando foi vaiada, e num momento de seguidos protestos contra a realização do Mundial, Dilma preferiu não falar na cerimônia desta quinta-feira.

Mas se evitou vaias durante um discurso, não teve como evitar os xingamentos antes e durante o jogo.

Nesta manhã, com uma plateia favorável e ao lado do governador petista Agnelo Queiroz, Dilma respondeu a seus detratores, dizendo que "o povo brasileiro não sente da forma que esses xingamentos expressam".

"Enfrentei situações do mais alto grau de dificuldade, situações que chegaram ao limite físico", disse. "Suportei agressões físicas quase insuportáveis e nada disso me tirou do meu rumo, nada me tirou dos meus compromissos."

Hoje, os coros dirigidos a Dilma foram para demonstrar apoio à sua reeleição e à realização do Mundial: "Um, dois, três, Dilma outra vez" e "a taça do mundo é nossa, com Dilma não há quem possa", num trocadilho com a música famosa.

Reportagem de Maria Carolina Marcello

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