Brasília - O repertório de Neymar fez com que os camaroneses não vissem a bola em campo. Além dos dois gols marcados, foram chapéus, passes sem olhar, arrancadas monumentais e vários recordes. Mas quem saiu do estádio de óculos foi o craque brasileiro, que inovou no visual, sendo agora o sexto maior goleador da história da Seleção, artilheiro da Copa com quatro gols e autor do centésimo gol do Mundial:
“Não estou enxergando direito. Brincadeira (risos). É só estilo. Quanto ao gol, é mais uma marca”, afirmou Neymar, eleito o craque do jogo pela segunda vez.
Neymar chegou a 35 gols e se igualou a Rivaldo na sexta posição entre os que mais vezes marcaram pela Seleção. O quinto colocado é Bebeto, com 39. Zico tem 48, Romário, 55, Ronaldo, 62 e Pelé, 77. Só uma coisa ainda incomoda o craque: estar pendurado com um cartão amarelo:
“Se tiver que fazer falta, vou fazer, se tiver que ajudar, vou ajudar. Claro que incomoda um pouco, mas não posso tirar o pé”, disse o atacante.
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Felipão admitiu que o craque faz a diferença: “Assim como Argentina depende do Messi e outras seleções dependem de outros. Alguns jogadores são diferentes. O craque e o jogador de grande nível faz a diferença em qualquer seleção. Neymar é muito participativo, já elogiei muitas vezes o Muricy (Ramalho) quando, no Santos, incutiu no Neymar a marcação, deixar de criar para fazer algo pelo grupo”, afirmou Felipão.
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Daniel Alves destoa e fica na defensiva
Daniel Alves ainda não disse a que veio na Copa do Mundo. Por isso, se mantém na defensiva. Nesta segunda, driblou as perguntas sobre o seu desempenho. “A gente não avalia atuação individual. Só em esportes individuais. Hoje (segunda) tivemos nota nove”, disse o lateral.
Ele também minimizou a pressão que existia sobre a Seleção:“A vitória não tira o peso porque não tinha peso. A gente sabe que está disputando Copa do Mundo. Não existe sorte, rivais inferiores e, sim, uma competição que todos querem ganhar.”
Julio Cesar quer evoluir até a final
Julio Cesar está feliz com as atuações da seleção brasileira na primeira fase. Mas o goleiro quer mais e acha que o time tem que evoluir: “Que continue assim. Não podemos ficar satisfeitos. Só depois do Maracanã (final). Reencontramos o espírito da Copa das Confederações.”
O goleiro elogiou o Chile, adversário das oitavas. “Vamos jogar contra uma equipe respeitada internacionalmente. Gosto do Bravo. É um goleirão”, destacou.