Ceará - O futebol já não é o mesmo e ele não foi chamado por Felipão para a Copa, mas as jogadas mágicas de Ronaldinho continuam vivas na memória dos brasileiros e amantes da bola de todos os cantos do mundo. Na orla de Fortaleza, cidade do confronto entre Brasil e Colômbia pelas quartas de final na sexta-feira, a camisa 'obsoleta' da Seleção com o nome do craque e o número 10 é a mais cara e, mesmo assim, a mais vendida pelo comerciante Augusto Souza Filho, de 33 anos.
Enquanto as das outras seleções saem por R$ 30, a do meia do Atlético-MG custa R$ 40. Augusto calcula o total de 2000 peças vendias, sendo 800 canarinho, entre elas, 500 do dentuço, desde 25 de maio na Avenida Beira-mar, onde se concentra o maior número de turistas da cidade.
"No começo, quase não tinha dela, mas o pessoal pediu muito e tive que reforçar o carregamento. Os gringos sempre levam a do Ronaldinho. O modelo é bem mais antigo, só que o nome dele faz com que eles comprem, por isso coloquei mais caro", conta Augusto Souza.
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As camisas não são oficiais, por isso estão bem mais em conta. Às vezes, as autoridades proíbem a comercialização dos produtos, porém, até o momento, o negócio vem trazendo lucro. Augusto compra as camisas em grande quantidade por R$ 8 e vende por um preço cinco vezes mais caro, no caso das de Ronaldinho. Tempo de Copa é o momento de encher o bolso para o restante do ano.
"Como foi dando certo, fui ficando e pretendo continuar até um pouco depois da Copa do Mundo. Tenho uma loja de livros no centro de Fortalez, mas deixei um pouco de lado para me dedicar exclusivamente à venda das camisas. O lucro que eu conseguir vai ser investido na minha loja", revela o vendedor.
Na semana do jogo decisivo entre Brasil e Colômbia, Augusto está percebendo um fato inusitado. As camisas da Argentina estão saindo quase na mesma quantidade das brasileiras. Ainda bem que ele tem uma explicação.
"Tem muito mexicano aqui por causa do jogo de domingo contra a Holanda. Eles são os que mais compram as camisas da Argentina. Também tem alguns argentinos a passeio por aqui e acabam levando para usarem e provocarem a gente. Mas tudo na brincadeira", afirma.