Por pedro.logato

Minas Gerais - Se a defesa, tão criticada na primeira fase, achou o equilíbrio no mata-mata e não sofreu gol contra Suíça e Bélgica, o ataque passou a ser uma dor de cabeça na Argentina. Sem Di María, um dos pilares da equipe, Messi corre o risco de ficar ainda mais sobrecarregado na armação das jogadas na semifinal contra a Holanda, amanhã, em São Paulo. O que pode ser um problema na seleção com o pior desempenho ofensivo entre os semifinalistas.

Apesar de ser a terceira equipe que mais finalizou na Copa, atrás de Bélgica e França, a Argentina tem deixado a desejar no aproveitamento. Dos 87 chutes em cinco jogos, os hermanos só marcaram oito gols, pior desempenho entre as quatro equipes que lutam pelo título: Brasil e Alemanha fizeram 10 gols, a Holanda, 12.

Messi é o artilheiro da Argentina na Copa com quatro golsEfe

Messi foi responsável pela metade dos gols argentinos, com os outros dois jogadores ofensivos, Di Maria e Higuaín, marcando um cada. O lateral Rojo foi o único defensor a balançar a rede, enquanto a Bósnia contribuiu com um gol contra.

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Sem Di María, com estiramento na coxa direita e que tentará se recuperar para uma eventual final, a Argentina deve manter Enzo Pérez, que entrou no lugar do camisa 7 contra a Bélgica e teve boa atuação. Agüero também deve ser opção no banco.

Além de olhar para o desempenho ofensivo, a Argentina também mostra preocupação com a experiência holandesa. Enquanto os argentinos voltam à semifinal após 24 anos, a Holanda chegou à final em 2010 e quer apagar a dor do vice para a Espanha na África do Sul.

“Esperamos que seja ainda mais difícil que a Bélgica, não apenas pela qualidade individual, mas pela experiência. Sabem o que é uma semifinal. É uma equipe com grandes individualidades e muito experiente, que chegou à final do Mundial passado e tem fome. Deve ter sangue nos olhos pelo que aconteceu em 2010”, disse Mascherano.

Rezar pelos hermanos, não!

O Papa Francisco revelou o teor de uma conversa inusitada com um brasileiro, alto funcionário do Vaticano. A preocupação com uma possível ajuda divina para a Argentina nesta Copa fez com que o Pontífice ouvisse o pedido de neutralidade nos jogos, para que o Brasil possa ser campeão em casa.

“Ele me pediu somente uma palavra: neutralidade. E explicou: ‘Porque a Copa é nossa’. Eu perguntei por que dizia isso a mim e ele disse que o San Lorenzo estava em baixa, eu rezei e ele foi campeão (em 2013). Então pediu para eu não rezar pela Argentina”, revelou Francisco, em entrevista coletiva.

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