A implacável marcação trouxe a segurança e liberdade necessárias para Suárez e Cavani fazerem o que mais sabem. O primeiro gol saiu logo aos seis minutos. Da intermediária, Cavani acertou um lançamento de 52 metros para Suárez, que o esperou avançar antes do cruzamento. A finalização, meio de cabeça e ombro, foi indefensável para Rui Patrício.
Com o rodizío da dupla marcação sobre CR7, Portugal tentou responder pelo alto na cabeçada de Fonte. O Uruguai foi mais incisivo. A cobrança de falta rasteira de Suárez quase voltou a surpreender o público na Rússia. Dessa vez, Rui Patrício evitou o gol. Com a vantagem, a Celeste administrou o resultado, sem riscos, até o apito final.
O gol do luso-brasileiro Pepe, após cobrança de escanteio, recolocou os campeões europeus na briga, aos nove minutos do segundo tempo, dando fim à invencibilidade da defesa uruguaia. A reação, porém, esbarrou no fator Cavani. Do chutão de Muslera para afastar o perigo nasceu à jogada da belíssima finalização, com a chapa do pé direito, com curva, longe do alcance do goleiro português: 2 a 1.
Com a entrada de Quaresma e André Silva, Portugal tentou tudo o que podia. Não foi suficiente. Cristiano Ronaldo não fez chover em Sochi. E a ajuda para carregar o machucado Cavani foi uma das raras imagens em que estava sem a implacável marcação. Não faltou luta a Portugal, apenas mais talentos com o foco e qualidade do camisa 7. Sorte do Uruguai, quase impecável na defesa, aplicado no meio e privilegiado de ter dois atacantes do nível de Suárez e Cavani.