Rússia - Desde as últimas Copas do Mundo está sendo possível observar o domínio do futebol europeu. O presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, alerta que nos próximos anos essa soberania poderá crescer ainda mais. Ele confessa não pode ser considerado o responsável pelo acontecimento, tendo em vista que é um projeto de mais de 20 anos e está sendo reconhecido na Copa do Mundo da Rússia.
Ceferin acredita que a diferença entre a Europa e o restante dos continentes é a forma como está sendo administrado o dinheiro, fazendo com que os investimentos sejam maiores nas equipes e assim possam contar com excelência na qualidade dos treinadores, jogadores e infraestrutura.
"Nossa forma de trabalhar é específica", explicou.
"Geramos muito dinheiro. Mas distribuímos 85% para as associações", revelou.
"Temos ajudado os treinadores, mandamos ex-jogadores como conselheiros", contou.
"Mas precisamos entender que não pagamos dinheiro para as associações. Damos dinheiro para que as associações possam se desenvolver. E o dinheiro apenas é enviado depois que eles provam que realizaram o trabalho", disse.
"Trabalhamos para uma boa administração", comemorou.
"Com infraestrutura, treinadores e as condições cada vez melhores, eu acredito que, se continuarmos assim, a diferença será cada vez maior em comparação às demais regiões", constatou.
A Europa chegou em peso às semifinais da Copa do Mundo com quatro seleções. Além disso, o domínio europeu também pode ser observado no Mundial Sub-20, Sub-17 e de clubes. Em 2022 farão 20 anos que uma equipe sul-americana não sobe ao lugar mais alto do pódio, sendo assim o período mais longo sem uma conquista de uma seleção da América do Sul.
Entre os clubes a supremacia também existe. Nos últimos dez anos, todas as edições do Mundial foram vencidas pelos europeus, com exceção de 2012, quando o Corinthians bateu o Chelsea. A Europa forneceu 75% dos jogadores que atuaram na Copa do Mundo em 2018.