Por rafael.arantes

Minas Gerais - Com o Mineirão lotado, a seleção brasileira entrou em campo na busca por uma vaga na grande final da Copa das Confederações e garantiu a classificação num jogo bastante disputado. Com direito à defesa de pênalti de Julio Cesar e uma boa atuação de Neymar, que participou dos dois gols brasileiros, o time de Felipão venceu o Uruguai por 2 a 1 e garantiu a vaga tão sonhada, num jogo em que a forte marcação uruguaia quase fez a diferença.

Com um início de jogo pegado, o Brasil encontrava dificuldades para conseguir sair jogando. O Uruguai, do seu lado, apostava numa marcação intensa e ainda chegou ao campo de ataque com mais frequência, mesmo sem levar perigo ao gol de Julio Cesar. Além das dificuldades, o Brasil sofreu um grande susto aos 12 minutos. Após pênalti cometido por David Luiz, Julio Cesar salvou a seleção de sofrer o primeiro gol. Com cobrança de Forlán no canto esquerdo, o goleiro brasileiro fez boa defesa para impedir o gol uruguaio.

Brasil vence o Uruguai com direito a pênalti defendido por Julio CesarAndré Luiz Mello / Agência O Dia

Após o pênalti perdido, o Brasil passou a emplacar uma postura mais ofensiva. Organizando-se melhor, a equipe de Felipão passou a ocupar mais o campo de ataque, mesmo ainda esbarrando na boa marcação uruguaia. A primeira boa chance do Brasil aconteceu apenas aos 27 minutos, quando Hulk arrancou pela direita, mas acabou chutando por cima do gol de Muslera. Em resposta, o Uruguai ainda teve uma boa chance com Forlán, que acertou uma bomba por cima do gol de Julio Cesar.

Se com a bola rolando o jogo continuava pegado, o clima esquentou ainda mais aos 37 minutos. Para tirar a bola de Álvaro Gonzalez, Luiz Gustavo chegou rasgando e acertou o volante uruguaio, que ficou caído no gramado. Irritados, os jogadores da Celeste foram para cima dos brasileiros e um pequeno tumulto foi formado no meio do gramado. Dois minutos depois, a resposta brasileira veio com Fred. Após chegada de Neymar, o goleiro Muslera salvou o desvio do camisa 10 e a bola sobrou para o camisa 9, que mandou para dentro do gol uruguaio: 1 a 0.

No início da segunda etapa, o Uruguai também voltou com mais presença de jogo. Logo aos dois minutos, Cavani aproveitou o bate e rebate na área para pegar a bola e bater no canto direito de Julio Cesar e empatar o placar no Mineirão. Como resposta, o Brasil tentava partir para o ataque apostando no talento de Neymar, mas a marcação uruguaia voltava a mostrar a boa preparação.

Na busca por um melhor rendimento ofensivo, o técnico Luiz Felipe Scolari atendeu aos gritos da torcida e apostou na entrada do jovem Bernard no lugar de Hulk. Em suas primeiras participações, o garoto se mostrou tranquilo e ainda deu um belo passe para Fred que, dentro da área, acabou mandando para longe do gol de Muslera. Bem em campo, o camisa 20 conseguia melhorar o sistema de criação brasileiro. Aos 24 minutos, ele participou de bela triangulação com Oscar e Neymar, que acabou vendo o goleiro uruguaio defender seu chute.

Com a partida se encaminhando para os minutos finais as equipes buscavam o ataque, mas já passavam a aceitar a possibilidade da prorrogação. Após uma boa sequência de ataques brasileiros, o Uruguai voltava ao ataque aos poucos. Com tranquilidade, os celestes buscavam as jogadas com Cavani e Forlán com mais frequência, mas a seleção brasileira passou a ditar o ritmo do jogo nos momentos finais, mas ainda bloqueada pela forte marcação adversária.

Se com a bola rolando o Brasil já era melhor, nos lances de bola parada não seria diferente. Após boa cobrança de escanteio de Neymar, Paulinho subiu mais que os defensores uruguaios e cabeceou para o fundo da rede de Muslera. Com o gol, a torcida foi à loucura e a festa da seleção brasileira estava perto de ser completa. A apenas cinco minutos para o fim do jogo, o time de Felipão soube segurar a bola e atuar com o resultado favorável até o apito final do árbitro.

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