Por fabio.klotz
Rio - Nova diretoria, velhos hábitos. Sem resultados expressivos e na zona de rebaixamento do Brasileiro após quatro rodadas, o Flamengo demitiu Jorginho na madrugada de quinta-feira e vai em busca de seu terceiro técnico em seis meses. Apesar do discurso de austeridade econômica, os dirigentes já pensam em mudar a postura para salvar o ano e evitar vergonha maior. Assim, Mano Menezes volta a ganhar força na Gávea. Celso Roth seria a alternativa mais em conta e tem o apoio do diretor de futebol, Paulo Pelaipe, mas sofre forte rejeição.
Mano Menezes comandou a Seleção até novembro de 2012Divulgação

Nome preferido da nova diretoria desde que assumiu, em janeiro, Mano Menezes foi deixado de lado pelo alto salário, que supera em muito o teto estipulado pelo Flamengo, de R$ 300 mil. Só que, depois da fracassada tentativa de fazer uma aposta mais barata em Jorginho, o chamado Projeto MM, antecipado pelo O DIA em dezembro, volta com força.

ELENCO FRACO JOGA CONTRA
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A ideia é tentar reduzir a pedida de Mano. Além disso, os dirigentes precisarão convencer o ex-técnico da Seleção a aceitar o desafio de assumir um clube em crise e com um elenco limitado tecnicamente. Recentemente, ele chegou a ser cotado para dirigir o Porto, mas não fechou.
Se acertar com Mano, a diretoria voltará para o problema que a fez demitir Dorival Júnior, em março. Contratado na administração Patricia Amorim, o ex-técnico recebia muito acima do teto e não aceitou reduzir drasticamente o salário. Foi demitido e até hoje não recebeu os direitos de imagem atrasados, nem a multa rescisória, que, somados, chegam a R$ 3 milhões.
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A aposta em Jorginho durou 78 dias. A decisão de demiti-lo foi facilitada pelo baixo custo da multa rescisória, de um salário (R$ 300 mil).