Rio - Foram necessários quatro técnicos e quase o ano todo para o Flamengo, enfim, achar a sua identidade. Após um Estadual medíocre e patinar no Brasileiro, quase sempre jogando fora do Rio, o time parecia que não se encontraria em 2013. Mas, de volta ao Maracanã, jogo após jogo, o time ganhou uma cara. Nesta quarta, às 21h50, na sua verdadeira casa, o Fla tem tudo para assegurar uma vaga na final da Copa do Brasil — pode até perder por 1 a 0 — e conseguir, quem sabe, a vaga na Libertadores. E quem mandou deixar chegar?
Com André Santos e Paulinho pelo lado esquerdo, Elias pela direita com Leonardo Moura e Carlos Eduardo livre, enquanto Luiz Antonio e Amaral protegem Chicão e Wallace, Jayme de Almeida finalmente encontrou o equilíbrio. Na frente, Hernane, com seus gols, desequilibra, e a torcida, em casa, faz a diferença.
Formação ideal que só entrou em campo duas vezes e venceu ambas as partidas de forma convincente: 4 a 0 sobre o Botafogo e 2 a 1 no Goiás. Um time antes inseguro, mas que agora esbanja confiança, equilibrado entre a inspiração e a transpiração. Hoje, a única diferença será o goleiro Paulo Victor no lugar de Felipe, machucado.
“Pelo o que eu conheço, acho muito difícil nós darmos mole. Nós estamos preparados, prometemos a todos os dirigentes, treinador, e ao torcedor que a entrega será máxima dentro de campo. A doação vai ser cem por cento. O ano foi muito difícil. Acho que, por estarmos a um passo do objetivo, estaremos muito concentrados”, disse André Santos, que ressaltou a importância do treinador na evolução do time.
“O Jayme é um cara que conhece muito o Flamengo e os jogadores entenderam tudo o que ele pede. Sempre passa a experiência que ele tem no clube. Ele diz que não foi um grande jogador, mas afirma que teve muita dedicação. E ele diz que nós temos que nos dedicar muito também. A parcela dele nessa possível final, juntando com o grupo, é uma só. É um trabalho em conjunto com a diretoria também”, completou.