Por fabio.klotz
São Paulo - Vanderlei Luxemburgo espera um ano novo totalmente diferente de 2014. O treinador não promete o Flamengo fora da confusão, mas enxerga um horizonte mais tranquilo, baseado na montagem do elenco e na reestruturação que está em curso no clube. O perfil do Rubro-Negro em 2015 será de intensidade e velocidade. Falta apenas quem alimente tanta correria. Jadson já acertou as bases contratuais, mas ainda depende da liberação do Corinthians. Já Conca é visto como um sonho quase impossível.
Flamengo sua a camisa na pré-temporada em AtibaiaUanderson Fernandes

"Esse é o perfil que eu vou ter, de velocidade. Dizem que é 4-3-2-1, mas para mim é 4-3-3, com atletas mais soltos. Antes era o ponta fixo, agora tem mais mudança de direção, ocupação de espaço. Velocidade intensa, com mudança de direção e dentro da característica do Flamengo, sempre ofensiva", disse Vanderlei, que conta este ano com a volta de Paulinho, a chegada de Marcelo Cirino e a permanência de Nixon, Gabriel e Everton. O treinador afirma seguir a tendência mundial:

"É o que o futebol está nos apresentando. Acabaram com o ponta há anos. Passaram a colocar dois atacantes e quatro no meio, em quadrado ou losango, com os laterais passando o tempo todo. Nesses últimos três anos, houve essa mudança. Passamos a ter dois homens dos lados, um atacante fixo e os laterais passaram a ser mais lateral mesmo."
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O clube trabalha para ter Jadson como novo camisa 10. Vanderlei, no entanto, tira a carga da necessidade de um jogador de armação e afirma que tal produto anda escasso no mundo todo. Questionado sobre o sonho rubro-negro de ter Conca, do Fluminense, o treinador preferiu não comentar o assunto, mas transpareceu pessimismo. Internamente, o meia do Corinthians é tratado como a possibilidade real de reforço para a posição.
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"Se o Wrobel (Alexandre, vice de futebol) e o Rodrigo Caetano (diretor-executivo de futebol) falaram do jogador (Conca), é claro que isso passou por mim. Mas é assunto interno. Eu não vou ficar falando aqui de característica, se é bom. De repente ele nem vem. Se ele chegar, a gente fala", afirmou o treinador, que não inclui uma temporada sem confusão nas promessas de ano novo. Malandro, sai pela tangente e dribla o significado de zona do rebaixamento criado por ele para a palavra.
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"O Flamengo não existe sem confusão. É uma confusão por minuto, por metro quadrado. É complicado, mas é um baita clube, bom de trabalhar. Gosto muito", brincou.