Por victor.abreu

São Paulo - Se mesmo meia-bomba fisicamente, Eduardo da Silva caiu nas graças da torcida do Flamengo, em 2015, na versão turbinada, o atacante espera trilhar o caminho para se tornar ídolo rubro-negro. A estrada é longa, mas ele tem o mapa da mina: fazer gols e conquistar títulos. Em sua primeira pré-temporada no Brasil, o jogador espera deixar Atibaia pronto para voar em campo durante toda a temporada.

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Eduardo da SilvaUanderson Fernandes

"Para se tornar ídolo de um grande clube como o Flamengo, tem que fazer história. Cheguei agora, vivi momentos bons, mas quero, daqui para frente, conquistar títulos para ser um ídolo como o Zico", disse Eduardo da Silva, que logo depois se corrigiu: "Quer dizer, igual ao Zico é muito difícil, mas como Léo Moura, Pet, Adriano... É cedo para falar."

Os oito gols que marcou em 18 jogos pelo Brasileiro foram fundamentais para que o Rubro-Negro escapasse do rebaixamento. Mas o condicionamento físico se transformou no calcanhar de Aquiles do atacante, que não suportava 90 minutos e vez por outra precisava ser poupado. No final da temporada, sofreu com uma lesão que o tirou da reta final da competição.
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Agora, a história deve ser diferente. Mais adaptado ao Brasil, onde nunca tinha atuado profissionalmente, ele espera não sofrer com clima, com as diferenças entre o futebol nacional e o europeu e a falta de gás.
"Estou começando do zero com todos. Fui contratado depois da Copa, tive três semanas de férias, uma semana treinando separado e já entrei para a confusão. Fui no embalo, tive um pouco de sorte, fiz gols, mas senti na reta final. A tendência é que eu me prepare bem. Com certeza as coisas vão melhorar."
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Rapidamente apontado como candidato a ídolo, Eduardo da Silva provou o gosto amargo de ser eleito um dos vilões pela eliminação do Flamengo na Copa do Brasil. No Mineirão, contra o Atlético-MG, errou um passe de calcanhar. A jogada seguiu, e saiu o segundo gol, o da virada, que embalou a reação do Galo. O jogo terminou 4 a 1 a favor dos mineiros, que avançaram na competição. O atacante, no entanto, lida bem com as críticas e prefere deixar as lembranças ruins no passado.
"Aquele jogo era muito importante, mas jogar no Flamengo é assim. Num jogo você está lá em cima, no outro lá embaixo. Assumo meus erros, vou aprendendo. Isso marca, mas já esqueci, é passado. A decepção foi a derrota, tomarmos quatro gols naquele jogo. Estou aqui para ajudar, ganhar títulos e receber críticas. Não será nem a primeira e nem a última vez que recebo críticas ou elogios, como era também na Europa", concluiu Eduardo da Silva.
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