Por bernardo.argento
São Paulo - Arthur Maia chegou como aposta, mas pode virar a solução do Flamengo para a falta de um camisa 10. Vanderlei Luxemburgo, que já acreditava no potencial do jogador, gostou do que viu dele nesta primeira semana de trabalho, em Atibaia. Internamente, ele já nem lamenta tanto a possibilidade de não receber um reforço de peso da posição. O meia, canhoto, de 22 anos, se diz pronto para assumir a responsabilidade.

“Eu me sinto preparado, apesar da idade. Saí cedo de casa, com 10 anos e subi para o profissional muito cedo. Sei da grandeza do Flamengo e da responsabilidade, mas é o que eu sempre sonhei. Tenho muita gana de mostra em campo o que posso fazer”, afirmou, no dia em que foi apresentado oficialmente.

Arthur maia desponta como candidato a camisa 10 do Flamengo Uanderson Fernandes

As opções no mercado são escassas. O namoro com Jadson, que parecia promissor esfriou. A viagem do meia aos Estados Unidos com o Corinthians para a pré-temporada abalou de vez a relação. E Conca não passou de um sonho impossível, tanto pelos altos valores quanto pela má vontade do Fluminense em negociar com o rival.

E já no início do ano, Vanderlei poderá avaliar se a aposta em Arthur Maia foi bem feita. O técnico revelou o planejamento de estender a preparação Campeonato Carioca adentro. Assim, o Flamengo deve disputar os primeiros jogos da competição com time misto. Será a chance de o meia mostrar que é realmente capaz de preencher o vazio criativo da equipe.
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Vanderlei, no entanto, mantém a convicção de que o Flamengo precisa de um ídolo. Por isso, pediu à diretoria que fizesse um esforço para trazer Robinho. Mas a contratação foi vetada porque o atacante recebe R$ 800 mil por mês, salário líquido, no Santos.
O treinador sugeriu, então, a elaboração de um projeto de marketing. Os dirigentes rubro-negros, porém, consideram impossível arrumar uma forma de bancar tanto dinheiro por mês num ano já anunciado como ainda de dificuldade financeira.
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Canteros ainda tropeça no português
Canteros não teve problemas para se adaptar ao futebol brasileiro. Mas ainda não se acostumou com a língua portuguesa. Nas conversas do dia a dia ele costuma se perder. Perguntado, ontem, se entende o que o treinador diz, ele, um pouco desconcertado, assumiu: “Quando ele fala rápido, eu não entendo nada (risos). Mas quando ele fala em espanhol fica mais fácil”, disse o jogador, referindo-se ao portunhol improvisado de Vanderlei.
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Para driblar a dificuldade, Canteros conta com a ajuda do compatriota Lucas Mugni e do paraguaio Cáceres. O trio de gringos parece inseparável em Atibaia: “O Léo Moura sempre fala que tem que separar os gringos para a gente aprender o português. Estamos sempre juntos, tomamos chimarrão, e eu tiro dúvidas. Eles são meus tradutores", concluiu.