Por pedro.logato

Rio - Ao mesmo tempo em que a Federação de Futebol do Rio (Ferj) se vangloria da pífia média de público do Carioca, briga justamente com o clube que lhe dá mais retorno: o Flamengo. Em um torneio em que a entidade esconde itens do borderô para mascarar os prejuízos, o Rubro-Negro carrega, em seus jogos, 46% do público total do Carioca e, ainda por cima, é o maior provedor, sendo responsável por 60% da arrecadação do campeonato e, consequentemente, da Ferj.

Flamengo tem levado mais público aos estádiosAndré Mourão

Do valor de R$ 1,2 milhão arrecadado pela federação com a chamada taxa Ferj, que cobra 10% em cima de todas as rendas do Estadual — independentemente de a partida dar lucro ou prejuízo —, o Flamengo contribuiu com mais de R$ 701 mil aos cofres da entidade (58,1%). Os dados levantados pelo ‘Ataque’ não incluem a 13ª rodada.

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No quesito público, fica claro que a Ferj depende do Flamengo, que em seus jogos levou quase 212 mil torcedores nas 12 primeiras rodadas, média de 17.664, bem acima das 4.795 pessoas presentes por partida no Estadual. Mas por que bater no Flamengo?

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“Uma boa pergunta para a federação. Já colocamos todas as nossas razões, achamos que se precisa de uma nova governança no futebol do Rio, que está empobrecendo ao longo do tempo”, disse o diretor-executivo do clube, Fred Luz. Ele acrescentou: Infelizmente é uma sucessão de decisões que não conseguimos compreender. O que faz pegar um clássico que poderia ser jogado no Maracanã e marcar para o Engenhão? O que faz ficar na indecisão sobre onde jogar e não poder abrir a venda de ingressos com antecedência. Se isso é criar condições para fortalecer o futebol do Rio...”, concluiu.

Procurado, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, que está em viagem, não respondeu ao e-mail enviado.

PERTO DE NOVO REFORÇO

O Flamengo acertou salários com o colombiano Armero e agora negocia com Udinese e Milan os moldes do negócio.

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