Por edsel.britto

Rio - Oswaldo de Oliveira tem em Guerrero o ponto de partida para curar a ressaca do do Flamengo. O novo treinador percebeu sinais de desânimo nos jogadores, nos primeiros dois dias à frente do Rubro-Negro. O diagnóstico é o mais óbvio possível: depressão pós-derrotas, agravada pela queda de Cristóvão Borges.

Na tarde desta sexta-feira, no Ninho do Urubu, o treinador começou a atacar os sintomas, apesar do pouco tempo que terá até a sua estreia no.cargo, contra o São Paulo, domingo, no Maracanã. Na receita, doses de injeção de confiança e tratamento psicológico.

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"No time estão certos César e Guerrero (risos)", brincou Oswaldo de Oliveira, que também confirmou Wallace como capitão, em dia de divã para o grupo rubro-negro: "Como o Flamengo vem de derrota e também perdeu para o Palmeiras, é natural que haja abatimento. Estou procurando reanimar o grupo. Mesmo os que não participaram do treino, participaram da reunião que fiz, para atacar nesse ponto de fortalecer o ego. Que eles venham para a próxima partida acreditando que ainda têm uma situação boa no campeonato."

Em campo, embora sem os jogadores que enfrentaram o Vasco, Oswaldo de Oliveira fez tratamento de choque. Com muitos gritos de incentivo, o treinador já mostrou que, na sua bula, o time marcará no campo do adversário, sob pressão. Os elogios a jogadas de efeito e trocas de passe em velocidade evidenciaram também o gosto do treinador pelo futebol bem jogado.

Oswaldo de Oliveira aproveitou o primeiro treino no Flamengo para trabalhar o lado psicológico do elencoAndré Mourão / Agência O Dia

"Marca, não deixa sair", gritava Oswaldo para o time de laranja. A equipe de branco, no entanto, conseguiu fugir da pressão adversária com bom toque de bola e um lançamento preciso de Alan Patrick para Luiz Antonio. "Que beleza!", gritou Oswaldo.

O treinador receitou também que, quando houver um lateral no campo de ataque, perto da área adversária, a cobrança seja em direção da área. Matheus Sávio teve a oportunidade de colocar a instrução em prática, e o novo comandante berrou: "Bate rápido. Sobe, laranja." A zaga afastou mal, e Jajá marcou o gol de fora da área. Oswaldo deu seu parecer: "Vocês sabem por que saiu o gol? Por causa da pressão que fez o zagueiro errar o passe." O auxiliar recém-contratado Luiz Alberto completou: "Boa, Jajá! Se está com confiança, tem que chutar."

Aos poucos, a nova filosofia de Oswaldo será implantada. As vitórias são o melhor remédio para mudar o quadro rubro-negro. A começar domingo, diante do São Paulo. Mas apenas a classificação diante do Vasco, quarta-feira, para as quartas de final da Copa do Brasil, pode dar alta definitiva ao Flamengo. Se todos os tratamentos derem errado, o técnico conta com aforça divina da Nação:

"A torcida do Flamengo é milagrosa, muda resultado, motiva a equipe, já fez equipes não muito brilhantes brilharem. Ela é atuante, participativa e cobra. São ingredientes do que a gente faz, temos que estar prontos para isso."

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