Vitinho, atacante do Flamengo, de visual novo, treina no Ninho do Urubu - Gilvan de Souza/Flamengo
Vitinho, atacante do Flamengo, de visual novo, treina no Ninho do UrubuGilvan de Souza/Flamengo
Por Vitor Machado

Rio - O Flamengo voltou da parada para a Copa do Mundo com outra cara. A saída de Vinicius Júnior e as mudanças de centroavante são parte do novo visual que já não assusta os adversários como antes. Em menos de um mês, o Rubro-Negro perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro e se complicou na Libertadores. Agora, assim como fez Vitinho, que deu um tapa no penteado, o time, à beira da crise, precisa de uma repaginada para, rearrumado, se manter na briga pelo título nas três competições que disputa.

Contra o Grêmio, em Porto Alegre, pela Copa do Brasil, o Flamengo mostrou a identidade que o técnico Mauricio Barbieri quer que o time tenha. Principalmente no segundo tempo, quando chegou ao empate. Agora, tenta retomar tal aparência antes de quarta-feira, no Maracanã, quando decide com o Tricolor Gaúcho a vaga na semifinal. Antes, porém, enfrenta o Cruzeiro, de novo, de olho na primeira colocação do Brasileiro.

A atuação no Rio Grande do Sul foi exceção. Desde a retomada da temporada, o Flamengo venceu dois jogos, empatou dois e perdeu três 38% de aproveitamento. Barbieri pede calma: "Depois de um contra-ataque do Cruzeiro em que a bola bateu na trave, tivemos duas bolas em escanteio que cruzaram a linha, duas do Rodinei, uma cabeçada do Uribe. Temos que ter paciência que vamos voltar a ter boas atuações".

A derrota por 2 a 0, em casa, assustou. Até o jogo da volta, dia 29, o Flamengo precisa se reencontrar para mostrar que o bicho não está tão feio quanto parece.

Serão quatro jogos pelo Brasileiro, contra Cruzeiro, Atlético-PR, Vitória e América-MG, e o confronto decisivo com o Grêmio. Caso se mantenha pelo menos nas briga pela liderança na competição por pontos corridos e passe à semifinal da Copa do Brasil, pode, mesmo que eliminado na Libertadores, sair do mês de agosto com cara de time preparado para ser campeão.

"Nossa prioridade é sempre o próximo jogo. Ir por esse caminho, seria assumir uma inverdade. Temos condições (de buscar a classificação no Mineirão), o que não quer dizer que vai ser fácil, mas temos condições", disse Barbieri. Segundo o treinador, não se pode colocar na ausência de Lucas Paquetá a culpa pela atuação ruim. Mas alerta para a perda da solidez defensiva: "É um ponto que já tínhamos discutido anteriormente de forma interna. Em alguns momentos, falta atenção, alguns ajustes que precisamos corrigir."

BARBIERI DEFENDE JEAN LUCAS
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O técnico Maurício Barbieri escalou Jean Lucas nas últimas duas partidas: na vaga de Diego, poupado na derrota para o Grêmio por 2 a 0, e na de Lucas Paquetá, quando o time perdeu pelo mesmo placar para o Cruzeiro. O treinador, no entanto, tira das costas do menino de 20 anos qualquer culpa pela queda de rendimento.
"Em outros momentos da temporada, não tivemos o Diego e o Paquetá e conseguimos manter o nível. Não podemos reduzir o problema a um jogador ou outro. Precisamos acelerar mais a bola, ter paciência e errar menos nas oportunidades criadas", afirmou Barbieri.
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Diego, 33 anos, é um dos medalhões do time. E Paquetá, embora tenha apenas 21, já disputou 75 jogos pelo profissionais. Já Jean Lucas, 20, tem 22 participações pelos time principal. Barbieri oferece apoio à garotada.
"É verdade que temos jogadores jovens, mas também experientes em todos os setores. Acho complicado irmos pelo caminho de que a mescla estava boa, funcionando, e agora não funciona mais", concluiu o treinador.
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