Minas Gerais - O Flamengo precisa apresentar força ofensiva e equilíbrio para vencer o Cruzeiro amanhã, no Mineirão, e passar às quartas de final da Libertadores. Como perdeu no Maracanã por 2 a 0, o Rubro-Negro levará a disputa aos pênaltis se repetir o placar e garantirá vaga se ganhar por qualquer outro resultado com dois gols de diferença. Este ano, no entanto, o time só conseguiu tal feito em duas oportunidades em 15 jogos fora de casa entre a competição continental, Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.
Apenas nas vitórias por 3 a 0 sobre o Ceará, no Castelão, e por 2 a 0 sobre o Fluminense, no Mané Garrincha (DF), o Flamengo encontra referência para a tarefa de amanhã. Mas contra o Tricolor, além de ser um clássico regional, não havia atmosfera de território inimigo, já que em Brasília a torcida rubro-negra sempre comparece em peso.
Outro sinal de que a missão do Flamengo beira o impossível é o poder de fogo apresentado após a Copa do Mundo. No período, o time mandou 14 bolas para as redes adversárias em 12 jogos média de 1,16 por partida. Em apenas três, o Rubro-Negro balançou as redes mais de uma vez.
Até enfrentar o América-MG, a equipe comandada por Mauricio Barbieri estava há sete confrontos sem fazer mais de um gol no mesmo adversário. Apesar do jejum quebrado contra o Coelho, o duelo terminou em 2 a 2.
Recém-contratado, Vitinho mostra evolução, principalmente nos chutes de fora da área. Já acertou o travessão e deu trabalho aos goleiros de Atlético-PR, Vitória e América-MG. O atacante, porém, ainda não desencantou em oito atuações pelo clube.
Henrique Dourado também deixa a desejar. O artilheiro do Brasileiro de 2017, pelo Fluminense, anotou cinco gols nas suas últimas 20 participações. Média de um acada quatro jogos.
No ataque, só Everton Ribeiro tem dado conta. Embora seja um criador de jogadas por vocação, o meia, que atua como ponta-direita, fez três gols desde a volta da Copa. Domingo, Barbieri viu evolução no entrosamento dos atacantes: "Nessas duas partidas (Vitória e América-MG) ficou mais evidente. É uma movimentação que já buscamos. Quinta acho até que aconteceu mais. Os jogadores vão se encontrando, se conhecendo até no olhar, onde um quer a bola ou outro".