Rio - Em seu primeiro treino no comando do Flamengo, Dorival Júnior traçou um objetivo claro: melhorar o desempenho ofensivo do time, que despencou depois da Copa do Mundo. Comandada por Mauricio Barbieri, a equipe marcou 21 gols antes do Mundial, em 12 rodadas, e era líder do Campeonato Brasileiro. Nos 15 jogos seguintes, foram apenas 17 a média de gols teve queda de 35%, passando de 1,75 para 1,14.
A primeira missão do treinador é recuperar a confiança dos centroavantes, que não marcam desde o dia 12 de agosto gol de Henrique Dourado, contra o Cruzeiro. De lá para cá, Lincoln, Uribe e o Ceifador, que se revezaram na função, ainda não balançaram a rede.
Durante a atividade de ontem, Dorival deu atenção especial aos atacantes e tratou de incentivá-los. Lincoln foi mantido entre os titulares, mas a tendência é que Dourado ganhe oportunidades com o novo treinador, com quem trabalhou em 2014, pelo Palmeiras. Uribe, que treinava em separado e acaba de ser reintegrado ao elenco, tenta recuperar espaço.
Além de procurar acertar a pontaria, o técnico reclamou dos erros frequentes no ataque, que têm reflexo na falta de criatividade da equipe. No empate em 0 a 0 com o Bahia, por exemplo, o time teve 63% de posse de bola, mas finalizou menos que o adversário (nove vezes, contra 12 do Tricolor Baiano).
Com contrato até o fim do ano, Dorival tenta recolocar o Rubro-Negro na luta pelo título brasileiro, embora tenha apenas 3% de chances, segundo o matemático Tristão Garcia. Fora da zona de classificação direta à fase de grupos da Libertadores, o time ocupa a quinta colocação, com 49 pontos um a menos do que Grêmio, quarto colocado, e a quatro do líder Palmeiras.