Rio de Janeiro - 12/02/2019  O jogador Diego se emociona durante coletiva antes do treino do Flamengo no CT ninho do Urubu. Foto:Luciano Belford/Agência O Dia - Luciano Belford/Agência O Dia
Rio de Janeiro - 12/02/2019 O jogador Diego se emociona durante coletiva antes do treino do Flamengo no CT ninho do Urubu. Foto:Luciano Belford/Agência O DiaLuciano Belford/Agência O Dia
Por HUGO PERRUSO

Quatro dias após a tragédia que matou dez jogadores da base, entre 14 e 16 anos, o Flamengo voltou a abrir as portas do Ninho do Urubu para a imprensa, e o primeiro atleta a falar sobre o desastre foi Diego, que não conteve a emoção. Com o clima pesado, ele busca forças para continuar sendo inspiração para os meninos que se formam no Rubro-Negro e todos os outros que jogarão pelo clube.

Com esse pensamento, o camisa 10 revelou ter pego o telefone de Cauan Emanuel, o primeiro dos feridos a receber alta, durante a visita no hospital na segunda-feira. Ele se emocionou ao lembrar da conversa com o garoto.

"Peguei o telefone do Cauan, mandei a nossa foto e ele enviou uma dele comemorando e falou: 'Conhece essa comemoração? Eu me inspiro em você... (começa a chorar)... então, temos que seguir para sermos inspirações", contou Diego, que tem um sobrinho na base do Flamengo, mas que não fica no alojamento. "Ele joga no sub-14, então tinha amigos no alojamento. Podia estar ali também. Enfim, temos uma ligação e um respeito muito grande", disse.

CLÁSSICO ESPECIAL

Apesar de toda a dor que o elenco está sentindo, Diego avalia que é preciso disputar o Fla-Flu de amanhã. Mesmo com o time abalado, o meia quer honrar a memória dos dez meninos.

"A emoção vai vir. Vamos carregar com a gente para sempre. As pessoas têm que entender que quando estivermos no treino ou jogo vamos sorrir, mas não vamos deixar de lembrar. O clima é difícil para nós e todos os brasileiros, mas quando entrarmos em campo temos que fazer o que eles fariam, que é competir e honrar esta camisa", afirmou o camisa 10.

JOGADOR COMENTA EVOLUÇÃO DO NINHO DO URUBU
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O meia Diego também falou sobre a evolução das instalações do Ninho do Urubu, que teve dois módulos inaugurados desde sua chegada, em 2016, quando as estruturas de contêineres ainda tomavam conta do Centro de Treinamento.
"É nítido e claro para todos que o clube busca evoluir constantemente, diariamente, tem demonstrado isso, não só para os profissionais, mas para toda a base. Acompanhei essa evolução, cheguei em 2016 e a estrutura era toda de contêiner, utilizei essa estrutura e acompanhei a evolução do clube", ressaltou o meia.
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Satisfeito com as condições de trabalho no Flamengo, Diego preferiu não comentar outros assuntos, que causaram polêmica após a tragédia. "Sobre questão técnica e burocrática, não estou aqui para falar sobre isso. Mas existe a preocupação que acompanhei de evoluir da diretoria passada e da atual. Se evoluiu ou não, não cabe a mim dizer", esquivou-se o camisa 10.
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