Diego tira foto com um torcedor antes do embarque do Flamengo para a Bolívia, no Aeroporto Internacional - Alexandre Vidal / Flamengo
Diego tira foto com um torcedor antes do embarque do Flamengo para a Bolívia, no Aeroporto InternacionalAlexandre Vidal / Flamengo
Por MH

O ar falta, a boca seca, o cansaço bate rapidamente, a bola corre mais do que o normal. Jogar na altitude é um medo de qualquer time brasileiro que dispute a Copa Libertadores. A Bolívia é um dos países mais temidos e é justamente lá que o Flamengo estreia na competição, amanhã, em Oruro, cidade a 3.700 metros acima do nível do mar. O jogo é contra o San Jose, às 19h15 (de Brasília). 

Os jogadores que já atuaram em estádios na altitude têm o mesmo discurso: é preciso saber dosar o ritmo. Nada de correria, ou bola em velocidade. Lá no alto, a pressão atmosférica é menor. O ser humano sente falta de oxigênio e tem dificuldade para respirar, além do aceleramento dos batimentos cardíacos. Em 2007, pela Libertadores, o Flamengo enfrentou o Real Potosí em uma altitude de 4.070 metros — especialistas dizem que acima de 5 mil metros é praticamente impossível sobreviver após intensa atividade física. Obina estava lá e fez o gol do heroico empate em 2 a 2.

"Vou falar. Não é fácil. É muito complicado jogar na altitude. A gente sente muito o cansaço, o ar falta. O que tem que ser feito é dosar dentro da partida. Não entrar na velocidade do time adversário. Eles acabam querendo colocar um ritmo forte por saber que estão mais acostumados com a altitude", comentou o ex-atacante. "Muitas vezes, os próprios jogadores que estão há tempos lá sentem a falta de oxigênio. Eles não são máquinas. A questão é tentar se desgastar menos, se segurar para não entrar na correria louca do adversário. Quando tiver a oportunidade, matar o jogo", completou.

Naquela partida, o Potosí abriu vantagem de 2 a 0, mas o Flamengo conseguiu empatar. Nos minutos finais, jogadores como Renato Augusto e Claiton precisaram do balão de oxigênio no banco de reservas para conseguir jogar. Dessa vez, numa altitude menor, Obina acredita na vitória nas alturas. "A gente sempre acha que o Flamengo tem possibilidade (de ganhar a Libertadores). Pelo investimento que fez, pela qualidade que tem. Temos a possibilidade de ganhar a Libertadores. Espero que seja um ano abençoado. Eu, como torcedor, estou esperando isso. Vamos dar energia positiva para os caras, conseguir a vitória e começar bem a Libertadores", animou.

TIME CONFIRMADO

O Flamengo embarcou ontem de tarde para a Bolívia e contou com o apoio de alguns torcedores no Aeroporto Internacional Tom Jobim. O técnico Abel Braga, no treino da manhã, manteve a escalação que enfrentou a Portuguesa. Com isso, o time deverá entrar em campo com Diego Alves, Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte, Renê; Cuéllar, Willian Arão, Diego, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel.

Você pode gostar
Comentários