FlamengoAlexandre Vidal / Flamengo
Por O Dia
Publicado 13/10/2019 18:02
Curitiba - A fase é tão boa que fantasmas que rondavam a Gávea têm, aos poucos, deixado o clube. Uma das assombrações do Flamengo sempre foi a Arena da Baixada, estádio onde o time jamais havia vencido no Campeonato Brasileiro. Pois, a primeira vitória veio neste domingo, com 2 a 0 sobre o Athletico-PR, dois de Bruno Henrique. Para se ter ideia do feito, a última vitória do Flamengo em Curitiba no campeonato havia sido em 1974. O Rubro-Negro carioca segue soberano na liderança do Brasileirão - tem agora 58 pontos, oito a mais que o vice-líder Palmeiras.
Jorge Jesus surpreendeu na escalação ao deixar Reinier no banco e escalar Lucas Silva no ataque. O jovem, apesar de ainda questionado pela torcida, não decepcionou. Aos 20, recebeu na área e tentou passar por Léo Pereira, mas foi derrubado. O pênalti claro foi marcado por Bráulio da Silva Machado, mas o VAR foi acionado e o árbitro, após rever, decidiu anular a penalidade. O juiz, aliás, teve atuação bem ruim e picotou boa parte do jogo.
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Taticamente, o Athletico-PR era tão organizado quanto o Flamengo. A diferença estava mesmo na superioridade técnica do time de Jorge Jesus. O jogo era equilibrado. Aos 29, Thiago Heleno cabeceou bonito e Diego Alves precisou se esticar para evitar o gol. O camisa 1 foi o melhor em campo pelo lado carioca. Ele ainda fez outra boa defesa, aos 36, em chute de Thonny Anderson.
Mas tentar jogar à altura do Flamengo foi o erro do Athletico-PR. O Furacão não abriu mão da troca de passes mesmo quando era pressionado. Aos 44, ao tentar sair jogando pelo chão, o goleiro Léo tocou para o Wellington, que cochilou e foi desarmado por Bruno Henrique já na pequena área. Ele só teve o trabalho de marcar para abrir o placar.
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Diego Alves brilha também na segunda etapa
A vitória parcial do Flamengo não acuou o Athletico-PR no segundo tempo. Rony apareceu endiabrado e só não marcou em duas oportunidades porque Diego Alves, mais uma vez, defendeu. Antes dos 20 minutos, Jorge Jesus já havia feito todas as alterações: João Lucas entrou no lugar de Rafinha, Thuler no Pablo Marí e Piris da Motta em Lucas Silva.
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As mudanças tornaram o time do Flamengo um pouco mais vulnerável, mas, a essa altura do campeonato, as substituições não modificam a estrutura do time, maduro e cada vez mais afiado. Aos 28, Everton Ribeiro tabelou com Arão e chutou pra fora. Em outra bela jogada, Arão tocou para Bruno Henrique, que também desperdiçou. O camisa 27 deixou a parte boa para o fim do jogo: aos 45, Everton Ribeiro tocou para Renê, que avançou pela esquerda e cruzou rasteiro para Bruno Henrique. O atacante, meio atrapalhado, conseguiu empurrar para a rede e ampliar o placar na Arena da Baixada. Vitória para quebrar outro tabu.