Andrade, jogador de futebol. Periodos fevereiro 1979 a julho de 1997. - Arquivo
Andrade, jogador de futebol. Periodos fevereiro 1979 a julho de 1997.Arquivo
Por Danillo Pedrosa

Cinco títulos Brasileiros — quatro como jogador e um como técnico —, uma Libertadores, um Mundial de Clubes e quatro Cariocas. Poucos jogadores deram tantas aos rubro-negros como o ex-volante Andrade, uma das peças mais importantes na última vez que o Flamengo conquistou a América, em 1981. Depois de brilhar com as bolas nos pés e à beira do campo, ele trabalha agora a procura de talentos para as categorias de base do clube, enquanto curte o momento mágico da equipe a caminho do bi e se rende a Jorge Jesus.

O DIA: Como vê o retorno do Flamengo à final da Libertadores depois de 38 anos?

Andrade: É uma volta de uma equipe muito forte. Depois de muitos anos, temos um time do nível que a torcida espera. Mas ainda tem que vencer. É um time que vem encantando.

Esse é o melhor time do Flamengo desde aquela geração que conquistou a Libertadores e o Mundial em 1981?

É o melhor time desde aquele nosso. O de 87 também era bom e tinha grandes jogadores, mas acho que esse é mais completo. É intenso, dá prazer de ver jogar, o torcedor sai de casa para assistir. 

Como você analisa o River Plate, atual campeão e adversário na final da Libertadores. O Flamengo é favorito?

O River não foi bem nos últimos jogos, e isso é muito importante perto de uma final de Libertadores. Confiança é tudo. Mas tem que ter os pés no chão, jogar como vem jogando. Acho nosso time melhor, mas não é um jogo fácil. Time argentino é de raça, batem muito. Tem que ter a cabeça no lugar e manter o ritmo. 

Naquele time de 81, era você quem fazia o 'trabalho sujo' no meio de campo dar liberdade aos homens de frente. Agora, essa função é de Willian Arão, que vive grande fase. Como analisa esse jogador?

O Arão está fazendo uma função como se fosse um terceiro zagueiro. Aprendeu a marcar melhor. Ainda tem muita qualidade para ir ao ataque, essa chegada de surpresa. É uma dos grandes responsáveis por esse momento do Flamengo.

Quando você assumiu o comando em 2009, o time embalou uma sequência até o título, algo parecido com o que aconteceu com Jorge Jesus neste ano. Qual é a importância dele nesse momento?

É muito grande. Trouxe um estilo de jogo que não é comum aqui, algo que a torcida gosta, o jogador também. Joga para a frente. Foi o encaixe perfeito, e deu no que deu. 

Dez anos depois de ser campeão brasileiro, como está a carreira no futebol?

Depois de quase dez anos distante, voltei a trabalhar com o Flamengo. Trabalho com capacitação de jovens entre 7 e 15 anos. Observo alguns garotos pelo Rio de Janeiro a procura de talentos.

Qual mensagem você deixa para os jogadores que disputarão a final?

Que continuem com os pés no chão, lutem muitos e façam o que tem que ser feito, que o resultado vem.

 

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